quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PREGADORES QUE DEVEM OUVIR!

Sempre ouvimos algum irmão dizer, não julgue ninguém, pois quem tem o poder de julga e Deus, preste bem atenção que os que mais utiliza estas frases sãos os pastores e igrejas erradas.


Se eu faço alguma critica pelo blog ou pelo facebook recebo uma chuva de criticas afirmando que não dou uma palavra de incentivo, apenas critico ou fico julgando as pessoas ou ministérios, vamos analisar um pouco o que significa a palavra Julgar.

Julgar (lat judicare) vtd 1 Decidir, resolver como juiz ou como árbitro, lavrar ou pronunciar sentenças: Julgar um processo. vtd e vint 2 Pronunciar uma sentença: O tribunal julgará os delinqüentes."...julga de oitiva, fulmina por palpites" (Rui Barbosa). vtd 3 Apreciar, avaliar, formar juízo a respeito de: "Não julgue o que não sabe" (Pe. Manuel Bernardes). "Não julgues a minha obra pelo que vês" (Coelho Neto). vti 4 Formar juízo crítico acerca de; avaliar: "Um remendão julga dos poemas de Homero" (Rui Barbosa). vti 5 Formar conceito sobre alguém ou alguma coisa: Julgava das obras de arte como quem julga das bebidas. Não julgue de ninguém por nenhum motivo. vpr 6 Apreciar os próprios pensamentos, palavras e obras: Você se julga com muita severidade. vtd 7 Entender, imaginar, supor: Julguei queo tivesse guardado. vtd e vpr 8 Considerar(-se), entender(-se), reputar(-se), ter(-se) por: Julgou injusta a sentença. Julga-se o mais aplicado da classe.

Resumindo, Julgar pode significar avaliar, formar um conceito sobre algo ou alguém, mas para muitos evangélicos significa condena a pessoa ao inferno.

D’us quando criou o homem Ele deu o poder pro homem discernir e julgar, isso nos faz totalmente diferente do macaco, do leão e do urso,na época que nosso Senhor Jesus Christ andava na terra Ele tinha aproximadamente 70 discípulo e Jesus começou a prega duro,revelando ao povo o verdadeiro evangelho que liberta o homem e a mulher das garras de satanás, mas muitos dos que seguia a Jesus Christ não suportaram ouvir a sua pregação e muitos abandonaram o mestre (João 6,60) Jesus Christ sabendo que muitos dos seus discípulos murmuravam a respeito de sua pregação, disse-lhes (Joao 6.61)isto vos escandaliza?

Jesus Christ disse aos 12 quereis-vos também retirar-vos?(João 6.67) Pedro respondeu para o Salvador, para onde iremos nós?Tu tens a palavra de vida eterna. (João 6,68)

Se nós analisarmos algo, não encontramos nos escritos sagrados Jesus Christ passando a Mao na cabeça de ninguém, o lemos repreendendo a Pedro e exortando o povo ao arrependimento de seus pecados, Jesus Christ e o maior exemplo de pregador, pois pregava com unção e autoridade, por isso foi considerado inimigo do Estado e dos religiosos da época.

Quando o Senhor Jesus veio ao mundo o que mais se via era pessoas religiosas que diziam ser seguidores da lei,mas como diz a historia a maioria era fariseus(generalizando),que gostavam de dar ofertas em publico e ser admirado pelos judeus.

Caso contrario não seria necessário Jesus vim a este mundo e morrer por nós pecadores, pois antes de Christ já havia a lei de Moises que o povo de Israel dizia ser seguidor corretamente.

Jesus Christ veio para fazer a diferença e do mesmo modo os seus seguidores deve fazer a diferença, pois esta escrito, outra vez vereis a diferença entre o que serve a D’us e ao que não serve a D’us (Ml 3,18) muitos dizem que este versículo e sobre o dízimo negativo e esse versículo e para o dizimo a também para a alma.

Ontem escrevi sobre pregadores que devemos evitar, hoje falarei sobre pregadores que devemos ouvir suas pregações que serve para fortalecer a nossa alma, eu sempre gostei e amei pregações duras, pregações que vá de encontro com o meu erro, pregações que condena o pecado.

Exemplo temos o Profeta João Batista que foi decapitado pois teve a ousadia dado por D’us em condenar as atitudes de Herodes em dizer,não e licito tomar a esposa do teu irmão(Lucas 3,19)precisamos de pregadores que habite nele o mesmo Spirito que estava em João Batista,precisamos de pregadores que ame verdadeiramente o evangelho puro.

Elias o Tisbita um homem que andava com D’us que não temeu a rainha Jesabel,e falou tudo o que o nosso D’us ordenou.

Em nosso tempo temos poucos homens de D’us que tem coragem de denunciar o erro do povo, pois a maioria dos pastores alimenta o ego de muitos.

David Wilkinson já falecido foi um verdadeiro homem de D’us e fundador da Igreja Times square,escreveu vários livros como a cruz e o punhal que foi sucesso de vendas e sua historia foi lida por mais de 50 milhões de pessoas,PR David também escreveu o livro toca a trombeta em Sião,neste livro o autor critica os tele-evangelista e fala abertamente sobre a TV,e uma benção ouvir as pregações e ler os seus livros.

Paul Washer um bom pregador pois nas suas pregações tem combatido o pecado espero que continue assim.

David Miranda um bom pregador pode ter seus erros como muitos tem, mas seus sermões sempre e contra o pecado e critica abertamente os falsos profetas.

E muitos outros homens e mulheres de D’us que procura com zelo ensinar a verdade ao povo, pois se e para permanecer do jeito que fomos chamados do mundo, para nada adianta o sacrifício da cruz, muitos dizem que aparência não tem nada a ver com salvação, tem sim caro amigo, pois não adianta ser limpo por dentro e podre por fora e do mesmo modo ser limpo por fora e podre por dentro.

Quero dizer a todos que os irmãos do “fala serio varão”precisam urgentemente de libertação,pois tem 1 de camisa regata e brinco dando conselho ao povo,esse pessoal precisa mesmo e de Bíblia.


Pr: M Gomes
3 MOTIVO PARA NÃO FUNDAR IGREJA!

Temos igrejas hoje para gosto diferentes, no Brazil calcula-se mais de 1 milhão de igrejas evangélicas e católicas.


Para quer tantas igrejas?Será que o alvo e realmente o céu ou apenas para conseguir dinheiro fácil?Muitos dizem o seguinte e melhor abri uma igreja em vez de abri um bar, existe uma cidade no brazil que apenas uma de suas ruas tem cerca de 40 igrejas diferentes, que vai da Batista passando pelos neo-pentecostais, pentecostais e terminado na presbiteriana, por isso que vou dar três motivos para não abri igrejas e sim ganhar almas.

1º Existe a necessidade de mais igrejas?

Uma vez certo pastor desgostoso com o ministério o qual participava decidiu sair e abri sua própria igreja, a garagem de sua casa foi o local ideal para abri o ministério, alugou cadeiras, som e etc.

Saiu pelo bairro onde morava e começou a convidar o povo para a inauguração de sua igreja, mas só teve um culto noite, pois durante a madrugada D’us falou com ele o seguinte,eu não preciso de mais ministério eu preciso e de ganhador de almas o querido pastor ouviu a voz de D’us e já no outro dia o fechou a sua igreja e retornou ao ministério a qual pertencia.

Se pararmos para analisar D’us não precisa de mais ministério, pois temos o suficiente para anunciar o evangelho (Mateus 18.20) não existe mais a necessidade de abri igrejas, pois muitos abrem igrejas por interesse próprios, certa vez conheci um homem que era presidente de um sindicato, ele sabia que seu tempo estava terminado então ele que no momento encontrava desligado do evangelho retornou a igreja onde ele tinha aceitado a Cristo e disse para um de seus amigos vou abri uma igreja para mim pois o meu tempo no sindicato esta acabando,então o que entendi e que o referido irmão estava preocupado em continuar ganhando dinheiro.

Se a pessoa esta interessada em ganhar almas, porque não sai nas ruas, becos e vielas convidando o povo ao arrependimento?

Muitos que funda sua própria igreja a maioria e obreiros que foi punido por algo que cometeu e não aceitando a disciplina saem para abri seu próprio ministério, outros porque tem o spirito de grandeza eles querem ser mesmo e presidente de igreja.

Muitos desses irmãos não entendem a revelação divina, quando D’us disse para certo irmão ou Irma que ele tem um grande ministério com a pessoa isso não significa que seja para a pessoa sair de sua igreja e funda a sua (Hebreus 10,25)

Quando o homem ou a mulher quer realmente ganhar almas para o reino dos céus ele ou ela saiu com folhetos nas ruas anunciando que Jesus Christ e o salvador.

2º As almas custou o sangue de Christ.

Tudo nos leva a crê que quem abriu uma igreja própria o interesse e financeiro, será que os irmãos que abri uma igreja nunca pensou que as almas custou o sangue de Christ?pois fundar uma igreja não e apenas alugar o salão e ter o registro e se o tal pastor vai ensinar o povo como andar diante de D’us, "Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?(Ezequiel 34,1-10)o nosso D’us e contra os pastores que pastoreiam a si mesmo estão na frente da igreja a qual fundou e não se preocupam com suas ovelhas,muitos desses fundadores de igrejas apenas se preocupam coma lã da ovelha(v.3)a maioria deles não tem coragem de pegar no pesado e trabalhar para viver do suor de seu rosto(ll Tessalonicenses 3,7-16)e para conseguir dizimista deixa o rebanho a vontade nada e pecado,único pecado e não ser dizimista,cuidado meu irmão vai você e sua congregação para o inferno.

3º Tem ministério o suficiente.

Quando Gunnar Vingren e Daniel Berg fundaram a Assembléia de Deus a chama pentecostal ainda não tinha chegado ao Brazil, e por ordem divina os dois missionários saíram da America e chegaram ate Belém do Para cumpri o propósito de Deus foi por necessidade a fundação desta igreja no Brazil, pois na época havia apenas igrejas frias,igrejas que nao conhecia o poder do Spirito Santo,totalmente diferente dos dias de hoje(Is 52,7)

Segue a lista de igrejas fundada no Brazil,

Assembléia Ministério De Ostentação Ao Rebanho

Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'água

Congregação Anti-Blasfêmias

Igreja A Serpente De Moisés, A Que Engoliu As Outras

Igreja Abastecedora De Água Abençoada

Igreja Assembléia De Deus Botas De Fogo Ardentes E Chamuscantes

Igreja Assembléia De Deus Do Papagaio Santo Que Ora A Bíblia

Igreja Atual Dos Últimos Dias

Igreja Automotiva Do Fogo Sagrado

Igreja Automotiva Móvel Do Fogo Sagrado

Igreja Bailarinas Da Valsa Divina

Igreja Batista Da Juventude Sem Drogas E Rock'n'roll

Igreja Batista Evangélica Da Bazuca Celestial

Igreja Batista Gay Do Rio De Janeiro

Igreja Batista Homossexual Gays De Cristo

Igreja Batista Logarítmica Do Reino De Deus

Igreja Batista Nero Se Arrependeu, e Você?!

Igreja Batista Pentecostal A Cobra de Moisés Que Engoliu As Outras Más e Fracas

Igreja Batista Too Much

(It's enough....)

Igreja Cuspe de Cristo

Igreja Cruzada Evangélica com Pastor Waldevino Coelho, A Sumidade

Igreja do Barro Santo de Cura

Igreja e Bar Evangélico Arca Ltda Me.

Vai chega um dia que será 10 Igrejas para cada Seis membros, a briga vai ser na hora de entrega o dizimo.


Pr M Gomes.
OS PASTORES MAIS RICOS DA AMERICA!

Jatinho particular, mansões avaliadas em milhões de dólares, uma conta bancária gorda e o título de pastor. Essas são características comuns de algumas das pessoas presentes na lista publicada pelo portal The Huffington Post. A lista apresenta a relação dos pastores mais bem sucedidos financeiramente nos Estados Unidos.

De acordo com o site o salário médio de um pastor evangélico nos Estados Unidos é de US$ 40 mil anuais, porém alguns líderes religiosos se destacam e ficam muito acima dessa média. Vários deles têm as fortunas oriundas, além do trabalho ministerial, da venda de livros, DVDs e de outros materiais. Muitos recebem também volumosas doações individuais.

Alguns dos pastores listados já foram envolvidos em investigações financeiras feitas pelo Senado americano, outros já foram investigados por lavagem de dinheiro e há também o polêmico caso de Pat Robertson que é acusado de manter uma mina de diamantes na Libéria, África, mas nega e mantém a maioria de seus bens em nome de seus filhos.

A lista não apresenta os pastores em uma ordem exata pelo volume de suas fortunas pessoais, mas traz diversos dados para dar uma noção da fortuna de cada um dos líderes religiosos:

Kenneth Copeland

O televangelista foi um dos religiosos que teve a fortuna investigada pelo senador republicano Charles Grassley, porém investigação não identificou nenhuma irregularidade. A estimativa é de que a fortuna de Copeland gire em torno de US$ 70 milhões. Entre seus bens foi listada uma fazenda no Texas, onde fica a sede do seu ministério. A fazenda conta com uma pista de pouso particular e uma mansão, construída à beira do lago da propriedade, avaliada em US$ 6 milhões. Outros de seus bens incluem duas aeronaves, uma delas um jatinho de US$ 17,5 milhões.

Creflo A. Dollar

Fundador de uma das maiores igrejas americanas, a World Changers Church International, apresentador de um programa de TV e diretor de uma gravadora, o pastor apareceu em uma reportagem do jornal New York Times que mostrou sua fortuna. O jornal mostrou que ele dirige um Rolls-Royce do ano, possui seu próprio jatinho, uma mansão de um milhão de dólares em Atlanta e um apartamento de US$ 2.5 milhões em Nova York. Segundo o jornal o pastor recebeu, durante uma campanha, uma doação 7 milhões de dólares do ex-pugilista Evander Holyfield.

John Hagee

Pastor sênior da Igreja Cornerstone, na cidade de San Antonio, Texas e CEO da Global Evangelical Television, Hagee transformou o canal de TV sem fins lucrativos que havia criado eu uma igreja, da qual recebe atualmente um salário de cerca de US$ 300 mil. Além disso, é executivo de uma organização sem fins lucrativos na qual ganha US$ 1 milhão por ano.

Joel Osteen

Conhecido por liderar a Igreja Lakewood, em Houston, Texas, que tem cerca de 45 mil membros, Osteen é considerado um dos pastores mais ricos do país e é constantemente criticado por pregar a teologia da prosperidade como regra de vida cristã. Após abrir mão de seu salário anual de US$ 200 mil, o pastor passou a ter como fonte de renda a venda de seus livros e vídeos. Atualmente vive com sua esposa em uma mansão de mais de 5.000 metros quadrados avaliada em US$ 10,5 milhões.

Ed Young

Segundo o canal WFAA-TV de Dallas, Texas, o pastor também é dono de um jatinho e vive em uma casa de 4.000 metros quadrados avaliada em US$ 1,5 milhões e recebe um salário de US$ 240 mil da Igreja Fellowship, além da renda proveniente da venda de materiais de sua autoria.

Franklin Graham

Filho do conhecido evangelista Billy Graham, o pastor é presidente de uma associação que leva o nome de seu pai e, em 2008, o ministério anunciou que ele recebia um salário de US$ 1,2 milhões. Durante a crise econômica dos EUA o pastor recebeu pesadas críticas que o fizeram abrir mão de parte do seu salário.

Rick Warren

Autor de “Uma Igreja com Propósitos” e “Uma Vida com Propósitos”, o pastor da Igreja Saddleback, em Lake Forest, Califórnia, resolveu devolver a sua igreja, em 2005, uma quantia equivalente aos 25 anos de salário recebidos até então para viver dos milhões que lucrou com a venda de seus livros. Warren declarou na ocasião que ele e sua esposa seriam “dizimistas ao contrário”, doando 90% de sua renda para a igreja e vivendo com os 10% restantes.

Max Lucado

Um dos mais famosos escritores cristãos Lucado diz não receber salário da igreja que pastoreia, a Oak Hills em San Antonio, Texas. Porém o pastor já vendeu cerca de 65 milhões de cópias de seus livros por todo o mundo, o que dá uma ideia de sua renda como escritor.

Benny Hinn

Um dos pastores mais conhecidos por pregar dando ênfase à teologia da prosperidade, Hinn declarou em 1997 à CNN que sua renda anual era de aproximadamente US$ 1 milhão, e um porta-voz do ministério de Hinn disse que ele recebia cerca de US$ 60 milhões por ano em doações. Benny Hinn chegou também a arrecadar US$ 30 milhões para a construção de um “Centro de Cura Mundial”, a obra nunca aconteceu.

Joyce Meyer

A única mulher da lista. A arrecadação de seu ministério é estimada em US$ 90 milhões anuais. Moradora de uma casa avaliada em US$ 2 milhões, Meyer tem um jatinho que custou US$ 10 milhões e já foi investigada por lavagem de dinheiro.

Fonte:Gospel +

Comento:Enquanto milhoes de crentes em Cristo mal tem o que comer diariamente,aparece esses exploradoes da fe alheia,com mansoes,jatos e outros,o que pensa o nosso salvador a respeito disso?eu imagino o seguinte,muitos estao usando o meu nome(Jesus)para ficarem ricos e famosos,mas um dia tudo isso vira a tona e questao de tempo.
Com a ascensão do neopentecostalismo, uma característica que a igrejaevangélica brasileira adotou foi a consagração de grandes líderes a apóstolos, e cada um deles possui uma “visão” diferenciada para seus ministérios. Embora igrejas protestantes mais tradicionais não abracem essa prática, as igrejas que mais crescem no Brasil possuem estreita relação com esses líderes.
Confira uma lista com os dez apóstolos mais famosos do Brasil e fatos marcantes ligados a seus ministérios. A lista abaixo não está ordenada por ordem de fama.

Estevam Hernandes

Fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo (1986), Estevam foi gerente de marketing de empresas multinacionais antes do ministério. Casado com a Bispa Sônia Hernandes, o casal passou por várias igrejas antes de decidirem fundar a Renascer. Consagrado aBispo em 1994, foi elevado ao patamar de Apóstolo em 1995, em uma Conferência Profética realizada no templo-sede da Renascer. Estevam coordena diversas instituições ligadas à Renascer, como a Rede Gospel e a Fundação Renascer, além de apresentar programas de TV, escrever livros, compor músicas e praticar um hobby: tocar saxofone. Em 2005, o Apóstolo Estevam Hernandes fundou a CIEAB (Confederação de Igrejas Evangélicas Apostólicas do Brasil). Outra marca importante em seu ministério foi a implantação no Brasil da Marcha para Jesus. O fato mais polêmico envolvendo Hernandes foi sua prisão nos Estados Unidos em 2007, por entrar com 56 mil dólares não declarados, escondidos em uma Bíblia.

Valdemiro Santiago

Ex- Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, fundou a Igreja Mundial do Poder de Deus em 1998, após desavenças com o Bispo Edir Macedo. Valdemiro, antes de se desligar da IURD, era cotado como sucessor do líder da Universal. É casado com a Bispa Franciléia Oliveira, escritor, apresentador de TV, cantor e Presidente da TV Igreja Mundial. Atualmente, o Apóstolo Valdemiro Santiago é o pregador evangélico com mais horário na televisão.

Renê Terra Nova

Fundador e Presidente do Ministério Internacional da Restauração(MIR), é Apóstolo do Brasil e das Nações e Patriarca da Visão Celular no Modelo dos 12. Terra Nova era Pastor Batista na Igreja Batista Memorial em Manaus, e fundou a Primeira Igreja Batista da Restauração. É casado com a Apóstola Ana Marita Nogueira Terra Nova, e foi ungido em 2001, na mesma cerimônia que consagrou o Pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Junto com Valnice Milhomens, é um dos responsáveis pela implantação do modelo dos 12 no Brasil, e em 2002 foi nomeado presidente da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém para o Brasil e América do Sul. Já ungiu ao apostolado outros mil líderes e no dia de seu aniversário em 19/06/2010, foi reconhecido como Patriarca.

Márcio Valadão

Pastor da Igreja Batista da Lagoinha, fundada em 1957, foi ungido a Apóstolo na mesma cerimônia que consagrou Renê Terra Nova ao apostolado. Casado com a Pastora Renata Valadão, Márcio não usa o título de Apóstolo. É escritor, presidente da Rede Super de Televisão e membro do Conselho Apostólico Brasileiro. É pai dos principais nomes do Ministério Diante do Trono: Ana Paula Valadão, André Valadão e Mariana Valadão.

Rina

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira foi ungido Apóstolo após fundar a “Bola de Neve Church”, em 2000. Rina era Bispo na Renascer em Cristo, e saiu para fundar a Bola de Neve. A curiosidade pelo nome da igreja levou diversas pessoas a se interessarem por conhecer a “igreja dos surfistas”. Rina é membro da Coalizão Apostólica Profética Brasileira, casado com a Pastora Denise Gouvêa, é formado em Marketing e Teologia, com pós-graduação em Administração. O Apóstolo também apresenta um programa de televisão.

Miguel Angelo

O líder da Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada em 1985, com sede internacional no Rio de Janeiro, e Bispo Primaz da Missão Apostólica da Graça de Deus, nasceu em Angola, é casado com a Bispa Doutora Rosana Torres Ferreira, fez seminário na Assembleia de Deus em Portugal. Antes de fundar a igreja Cristo Vive, foi Pastor na Igreja Nova Vida, também no Rio de Janeiro. Sua ordenação ao apostolado aconteceu em 1991, na cidade de Miami (Estados Unidos), na I Convenção das Igrejas em Graça. Miguel Angelo é membro da Academia Evangélica de Letras e da Ordem dos Teológos Evangélicos da América Latina. Uma de suas posturas teológicas mais marcantes é a de que as pessoas que a Bíblia define como “eleitos”, existiram em outras vidas como anjos.

Ezequiel Teixeira

Apóstolo do Projeto Vida Nova, conhecida como a “Igreja com Cara de Leão”, é Presidente do Conselho de Ministros das Igrejas Evangélicas de Vida Nova e da Projeto Vida Nova de Irajá, no Rio de Janeiro. Em 1989, participou da fundação da Associação Missionária Vida Nova, e no mesmo ano foi fundou a Projeto Vida Nova. Uma curiosidade é o “evangelismo estratégico”, feito no Dia de Cosme e Damião, no Dia de Finados e no Carnaval, utilizando o Bloco Cara de Leão. Casado com a Pastora Márcia Teixeira (vereadora na cidade do Rio de Janeiro), é escritor e apresentador de um programa de televisão. Foi consagrado ao apostolado em 2005.

Valnice Milhomens

Apóstola da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, foi a primeira missionária brasileira enviada pela Convenção Batista Brasileira à África (1971) e 13 anos após, retornou ao Brasil e desligou-se da Convenção por desavenças teológicas quanto ao Batismo com o Espiríto Santo. Fundou o Ministério Palavra de fé em 1987 e foi também a primeira líder evangélica a apresentar um programa de televisão. Em 1993 foi consagrada pastora, e em 2001, foi a primeira mulher brasileira a ser reconhecida como Apóstola. Ao lado de Renê Terra Nova, trouxe o modelo dos 12 ao Brasil. Valnice é solteira, optou pelo celibato para se dedicar ao ministério, e também é escritora.

Mike Shea

Fundador e principal líder do Ministério Casa de Davi, Mike Shea é casado com Marlene Shea. Afirma que em 1993 o Espírito Santo o mostrou o desenho de uma chave nas ruas da cidade de Londrina, no Paraná, e então, a partir dessa revelação, fundou o ministério do qual é líder até hoje. Um dos fatos recentes mais marcantes sobre o Ministério Casa de Davi foi a confissão de um dos principais nomes, Davi Silva, de que seus testemunhos eram mentira ou cópia do testemunho de outras pessoas. Na ocasião, Shea afastou Davi Silva e o aconselhou a procurar ajuda médica.

Neuza Itioka

Apóstola do Ministério Ágape Reconciliação, que enfatiza a batalha espiritual, cura interior e libertação, foi seminarista do Fuller e missionária da Sepal. Coordena a Rede Internacional de Guerra Espiritual e a Rede Internacional de Intercessão Estratégica. Neuza é escritora, membro do Conselho Apostólico Brasileiro, diretora da Rede Apostólica de Ministérios Cristãos e Presidente do Projeto de Transformação Brasil. Foi ungida Apóstola em 2002, e recebeu a incumbência de ungir o Brasil em uma semana. Afirma ter usado um avião que cruzou todo o território nacional espalhando óleo sobre as cidades.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

PORQUE DEUS PERMITE O SOFRIMENTO?




Pergunta:
Olá, Dr. Craig
Primeiramente, obrigado por seu surpreendente volume de conhecimento e disposição para usá-lo tão fervorosamente para servir ao Senhor. É um encorajamento imensurável para tantas pessoas.
Neste momento estou ouvindo uma de suas palestras sobre o mal e o sofrimento em Cambridge. (A palestra foi em Cambridge, não o mal e o sofrimento, necessariamente). Há duas passagens bíblicas que têm sido de enorme ajuda para mim pessoalmente na luta com o problema do mal, mas nunca fiquei sabendo que elas foram discutidas em qualquer fórum sobre o assunto. Ficaria curioso de saber seus pensamentos sobre cada uma delas.
A primeira, me parece, trata da questão de “Por que Deus permite que o mal e o sofrimento continuam?” e a outra trata da questão crítica “Como alguém deve reagir à experiência do mal e do sofrimento?” (Até mesmo se convencido de que Deus é a causa direta!).
A primeira é a Parábola do Joio de Mt 13.36-43/47-52:
Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.
[E então Jesus explicou também ...]
Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem; o campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Assim, me parece que a curta resposta era que Deus não tinha ainda vencido o mal e o sofrimento porque ele ainda está construindo o Reino, e o processo de assim fazer não é mutuamente exclusivo do mal e do sofrimento que experimentamos.
A passagem que trata da segunda questão é de Am 4.6-11:
Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR. Além disso, retive de vós a chuva quando ainda faltava três meses para a ceifa; e fiz que chovesse sobre uma cidade, e não chovesse sobre a outra cidade; sobre um campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, secou-se. E andaram errantes duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR. Feri-vos com queimadura, e com ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, comeu a locusta; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR. Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito; os vossos jovens matei à espada, e os vossos cavalos deixei levar presos, e o mau cheiro dos vossos arraiais fiz subir as vossas narinas; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR. Subverti a alguns dentre vós, como Deus subverteu a Sodoma e Gomorra, e vós fostes como um tição arrebatado do incêndio; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR.
Quer dizer, uau! Fala do amor severo. Deus não perde tempo. Sei que alguém como Richard Dawkins poderia chamar a atenção para uma passagem como esta como exemplo para justificar a idéia de que o Deus da Bíblia deve ser algum tipo de monstro que, ainda que real, não é digno de adoração, mas eu penso que eles tragicamente estariam cometendo o mesmo erro que cometeram os israelitas nesta passagem. Acho que isto é ironicamente um exemplo incrivelmente cheio de esperança do amor de Deus expresso através da disciplina, e uma clara instrução do que alguém deve fazer quando de frente com misérias de qualquer espécie, mesmo se não podemos entendê-las ou se estamos convencidos de que Deus mesmo é a causa: convertermo-nos a Ele. Tristemente, parece que tantas pessoas fazem exatamente o contrário.
Em todo caso, mais pode ser colhido de ambas as passagens em termos de como elas abordam ou não o problema do mal e do sofrimento. Se tiver tempo e julgar que poderia ser útil aos seus leitores, eu adoraria saber seus pensamentos sobre estas escrituras.
Saudações, e obrigado novamente por tudo que tem feito para defender e construir o Reino.
Eric
Dr. Craig responde:
Há, de fato, passagens instigantes, as quais reproduzo aqui, não tanto para comentá-las, como para compartilhá-las com nossos leitores, que possam encontrar nelas estímulo para pensarem biblicamente sobre as questões que você levanta.
Concordo de todo meu coração com seu ponto de vista sobre a parábola de Jesus. Não podemos considerar o problema do mal e do sofrimento à parte dos propósitos do estabelecimento do Reino de Deus. Martyn Lloyd-Jones acertadamente disse,
A chave para a história do mundo é o reino de Deus… Desde o próprio começo… Deus tem estado trabalhando no estabelecimento de um novo reino no mundo. É Seu próprio reino, e Ele está chamando pessoas do mundo para esse reino: e tudo que acontece no mundo tem relevância para ele… Outros eventos são importantes conforme tenham ligação com esse evento. Os problemas de hoje devem ser entendidos somente à sua luz….
Não vacilemos, portanto, quando virmos coisas surpreendentes acontecendo no mundo. Antes, perguntemos, ‘Qual é a relevância deste evento para o reino de Deus?’ Ou, se coisas estranhas estão acontecendo a você pessoalmente, não se queixe mas diga, ‘O que Deus está me ensinando através disto?”… Não precisamos ficar perplexos ou duvidar do amor ou da justiça de Deus… Devemos… julgar todo evento à luz do grande, eterno e glorioso propósito de Deus (From Fear to Faith, pp. 23-24).
Pode bem ser o caso que os males naturais e morais sejam parte do meio que Deus usa para atrair pessoas livremente para o Seu Reino. Dê uma olhada num manual de missões como o Operation World de Patrick Johnstone. Você verá que é precisamente nos países que têm sofrido sofrimento severo que o Cristianismo evangélico está crescendo a taxas maiores, enquanto as curvas de crescimento no tolerante Ocidente estão praticamente niveladas.
Considere a China, por exemplo. O crescimento da igreja na China nas décadas recentes têm sido sem paralelos na história. Johnstone acredita que o Comunismo na verdade preparou a China para a recepção do Cristianismo ao eliminar os postulados budistas e confucionistas da cultura. Alguém pode imaginar pessoas querendo saber, durante os dias negros de Mao, por que Deus permitiu que o joio do Comunismo crescesse e devastasse o campo. Deus tinha propósitos de longo alcance em vista.
Quando você toma isto em consideração, a história da humanidade tem sido uma história de sofrimento e guerra. Todavia, tem também sido uma história do avanço do Reino de Deus. Um gráfico lançado em 1990 pelo U.S. Center for World Mission documenta o crescimento no Cristianismo evangélico pelos séculos, assinalando o número de cristãos evangélicos por não-cristãos no mundo. (Estes números não incluem sob nenhuma das duas categorias aqueles que são apenas cristãos nominais.) No ano 100 havia por volta de 360 não-cristãos para cada cristão evangélico no mundo. Até o ano 1000, eram 200 não-cristãos para cada evangélico no mundo. Até 1900, havia somente 27 não-cristãos por cristão evangélico. Até 1950, esse número tinha diminuído para 21 não-cristãos por cristão evangélico. E – fique sabendo – no ano 2000 havia somente 7 não-cristãos para cada crente evangélico no mundo! Mesmo se incluirmos todos os cristãos nominais assim como os que legitimamente foram submetidos à evangelização, isso ainda significa que há somente 9 incrédulos a serem evangelizados para cada crente.
De acordo com Johnstone, “Estamos vivendo a época de maior ingresso de pessoas no Reino de Deus que o mundo jamais viu.” (p. 25). Não é de todo improvável que este crescimento extraordinário no Reino de Deus seja devido em parte à presença dos males naturais e morais no mundo.
Assim, quando as pessoas perguntam, “Por que Deus simplesmente não elimina todo o sofrimento do mundo?”, elas realmente não têm idéia do que estão pedindo ou quais seriam as consequências. O assassinato cruel de um homem inocente ou a agonia de uma criança padecendo de leucemia poderia provocar um efeito dominó pela história de forma que a razão de Deus permiti-lo poderia não aparecer até séculos mais tarde ou talvez aparecer em algum outro país. Somente uma mente onisciente poderia compreender as complexidades de conduzir um mundo de pessoas livres para os seus objetivos previstos. Você somente tem que refletir sobre as inumeráveis, incalculáveis contingências envolvidas na obtenção de um único evento histórico, digamos, a vitória dos Aliados no Dia D, a fim de avaliar o caso. Não temos idéia dos males naturais e morais que poderiam estar envolvidos, a fim de Deus preparar as circunstâncias e os agentes livres nelas, necessários a algum propósito pretendido, nem podemos compreender as razões que Deus poderia ter em mente por permitir que algum caso de sofrimento entrasse em nossas vidas. Mas Ele terá boas razões em consideração aos propósitos de Seu Reino.
A parábola também me recorda das pessoas que perguntam por que, se Deus sabia quem iria crer nele e quem não iria, Ele simplesmente não deixou de criar as pessoas que iriam rejeitá-lo. Jesus diz que colher o joio pode também arrancar o trigo. Em outras palavras, se Deus deixasse de criar aqueles que Ele sabia que não iriam crer, então teríamos no lugar deste mundo um mundo possível totalmente novo, e pessoas que são salvas no mundo atual poderiam se revelar incrédulas no novo mundo! Você não pode simplesmente arrancar pessoas de um mundo possível para melhorar as coisas porque, assim fazendo, você está agora lidando com um mundo possível completamente diferente, no qual as pessoas podem agir completamente diferente do que agem no primeiro mundo. (Os filosoficamente iniciados reconhecerão que estou falando aqui sobre o conhecimento médio de Deus e quais mundos são factíveis dele criar.)
Quanto à passagem de Amós, ela intensamente nos recorda, como C. S. Lewis a coloca, que Aslan não é um leão domesticado. As pessoas geralmente dizem que Deus não nos envia sofrimentos mas meramente os permite. A passagem que você cita detona esse conto de fadas! Os antigos israelitas não entenderam que as calamidades que lhes sobrevieram eram de fato uma misericórdia severa enviada por Deus para seu próprio bem-estar, mas sua intransigência provocou um curto-circuito no bom propósito que Deus tinha em mente (cf.  Ap 16.9, 11, 21). O autor de Hebreus no Novo Testamento nos recorda que Deus corrige todo filho que Ele recebe. Ainda que seja doloroso ao invés de agradável, Deus nos disciplina “para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.18).
Você está certo que não-cristãos, acostumados ao Deus Papai Noel, não entenderão esta espécie de amor severo. Mas na verdade não é difícil compreender quando se reflete que vale a pena suportar alguma quantidade finita de sofrimento a fim de obter a alegria eterna e evitar a ruína eterna. Paulo diz, “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2Co 4.17-18). Paulo entendia que a duração desta vida, sendo finita, é literalmente infinitesimal se comparada à vida eterna que passaremos com Deus. Quanto mais tempo passamos na eternidade, mais os sofrimentos desta vida se tornarão pequenos em comparação com um momento infinitesimal. É por isso que Paulo podia chamar os sofrimentos desta vida de “tribulação leve e momentânea”: ele não estava sendo insensível à situação daqueles que sofrem terrivelmente nesta vida – muito pelo contrário, ele era um deles – mas ele via que esses sofrimentos são simplesmente esmagados pelo oceano de alegria e glória eterna que Deus dará àqueles que nele confiam.
Dessa forma, nossa reação em tempos de sofrimento devia ser, como você diz, virarmo-nos a Deus em fé e dependência de Sua força para atravessarmos. Quando Deus nos pede para aguentar o sofrimento que parece imerecido, sem sentido e desnecessário, meditar sobre a cruz de Cristo e seu inocente sofrimento por nossa causa pode ajudar a nos dar a força e coragem necessária para suportar a cruz que somos instados a carregar.
William Lane Craig – Fonte: http://www.reasonablefaith.org
Tradução: Paulo Cesar Antunes
A BÍBLIA ENSINA QUE O MUNDO É QUADRADO?

APOCALIPSE 7.1 – A Bíblia ensina que o mundo é quadrado?
PROBLEMA: João fala nessa passagem dos “quatro cantos da terra”, o que implica que a terra seja um quadrado. Mas a ciência moderna ensina ser ela redonda. Não se trata então de um erro na Bíblia?
SOLUÇAO: A Bíblia não ensina que o mundo seja quadrado. Antes de tudo, essa é uma figura de linguagem que significa “de toda parte do globo terrestre”, ou, como Jeremias se expressou, “dos quatro ângulos do céu” (Jr 49:36). É um modo sucinto de se referir às quatro direções, “norte, sul, leste, oeste”. Nesse sentido, a expressãoé análoga à frase: “os quatro ventos… do céu” (Jr 49:36).
As únicas referências à forma da terra na Bíblia falam dela como sendo redonda. Isaías falou de Deus, “que está assentado sobre a redondeza da terra…” (Is 40:22). E Jó refere-se ao mundo como que suspenso no espaço, dizendo que Deus “estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada (Jó 26:7)”. Certamente nada há de não-científico nessas afirmações.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe
                            QUEM FOI O PRÍNCIPE DE TIRO?

EZEQUIEL 28.1 – Quem foi o príncipe de Tiro?
PROBLEMA: Muitos eruditos conservadores relacionam o príncipe de Tiro com Satanás. Entretanto, algumas afirmações, tais como “não passas de homem e não és Deus” (28:2) denotam que esta é uma referência a um príncipe humano, e não a Satanás. Quem foi o príncipe de Tiro?
SOLUÇÃO: Os eruditos evangélicos têm sustentado diferentes posições com relação à identidade do príncipe de Tiro. Alguns consideram que a linguagem do capítulo 28 é altamente poética, com figuras de expressão que têm o propósito de enfatizar a arrogância do príncipe de Tiro. Esses comentaristas entendem que se trata de um príncipe humano, embora haja divergências quanto a quem seja exatamente tal pessoa. Alguns o identificam como tendo sido Ethbaal III, que reinou de cerca de 591 a 572 a.C. Outros o identificam como Ithobal II, que pode ter sido a mesma pessoa, com um nome diferente.
Alguns comentaristas propõem que a linguagem empregada não pode ser aplicada a nenhuma pessoa especificamente, mas que há uma personificação da própria cidade. O “rei” serviria assim como um símbolo do governo e do povo como um todo.
Outros comentaristas argumentam que os versículos de 1 a 10 referem-se a um príncipe humano, mas que os versículos de 11 a 19 referem-se a Satanás. Os que defendem esta posição apontam para a mudança de referência de “príncipe (nagid) de Tiro”, do versículo 2, para “rei de Tiro” (nielek), no versículo 12. Esta mudança, de príncipe para rei, considerada em conjunto com certas afirmações, tais como “estavas no Éden” (v. 13), “tu eras querubim da guarda ungido” (v.14), e “perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado” (v. 15), podem indicar que esta seção seja sobre Satanás. Não sendo assim, outros entendem tais frases como simples referências hiperbólicas (a expressão de um exagero como figura para enfatizar algo) aplicáveis ao príncipe humano e ao rei.
Todos os comentaristas conservadores concordam, entretanto, que o capítulo 28 é uma profecia contra a cidade de Tiro e seu governante, não importando quem tenha sido ele. Este exaltara-se acima de Deus e merecia o juízo que o Senhor lhe traria. Embora a identidade desse príncipe e rei seja uma questão controvertida, a aplicação desta passagem estende-se a todos os que se exaltam em orgulho e arrogância contra Deus, não importando se são reis, demônios ou pessoas comuns. E, é claro, Satanás é o caso de maior destaque entre todas essas orgulhosas criaturas.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Rainha Ester
O livro de Ester é único entre todos os livros da Bíblia, porque em nenhum dos seus dez capítulos é mencionado o nome de Deus. Tal fato tem levado alguns estudiosos a concluírem que ele não possui caráter canônico. Certa vez, Martim Lutero chegou a dizer que gostaria que ele nem tivesse existido. Mas quanto mais você lê esse livro relativamente pequeno, mais reconhece a providência divina. Essa providência não é revelada de nenhuma forma miraculosa; antes, podemos observar que ela acontece de forma muito natural, à medida que contemplamos o desfecho de circunstâncias que culminam com a ascensão dos judeus, contrariando dessa forma a sua tão cuidadosamente planejada aniquilação.
“Nos dias de Assuero, o Assuero que reinou desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias, naqueles dias, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino, que está na cidadela de Susã, no terceiro ano de seu reinado, deu um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, no qual se representou o escol da Pérsia e Média, e os nobres e príncipes das províncias estavam perante ele” (Ester 1.1-3).
Antes de iniciarmos nosso estudo, vamos identificar o rei Assuero. No livro Explore The Book, escrito por J. Sidlow Baxter, lemos:
O nome do filho de Dario foi decifrado como Khshayarsha, que, ao ser traduzido para o grego, é Xerxes, e que, traduzido para o hebraico, é, praticamente, letra por letra, Akhashverosch, o que corresponde a Assuero em português.
Os méritos para a primeira identificação de Assuero como Xerxes vão para Georg Friedrich Grotefend. Quando jovem estudante na Universidade de Göttingen, ele se propôs a decifrar pacientemente os personagens curiosos e bem delineados que foram encontrados em inscrições nas ruínas da antiga cidade persa de Persépolis. O nome do filho de Dario foi decifrado como Khshayarsha, que, ao ser traduzido para o grego, é Xerxes, e que, traduzido para o hebraico, é, praticamente, letra por letra, Akhashverosch, o que corresponde a Assuero em português. Presumindo que o nome era lido na língua persa, a identidade de Assuero estava estabelecida; e achados mais recentes corroboraram as descobertas de Grotefend.
A riqueza de detalhes dos eventos documentados nas Escrituras sempre me impressiona. A história não começa com “era uma vez”, mas identifica o nome do rei da época: Assuero. A extensão do império também é claramente definida: “da Índia... até à Etiópia”. Onde esse homem governava? “...na cidadela de Susã”. Quando isso ocorreu? “No terceiro ano do seu reinado”. Quem estava envolvido? “...os poderosos da Pérsia e Média, e os nobres e príncipes”. Se alguma dúvida surgir, podemos comparar esses dados com evidências arqueológicas obtidas de pratos de cobre, tabuinhas de barro, remanescentes de ruínas ou inúmeras outras fontes de documentos históricos.
O evento sobre o qual iremos falar começa quando a rainha se recusa a obedecer às ordens do rei. Já li vários comentários sobre a razão pela qual a rainha Vasti se recusou a atender o convite de seu marido. Um grande número de estudiosos da Bíblia concluiu que a rainha era uma pessoa de caráter íntegro que se recusou a participar de uma orgia de bêbados, promovida pelo seu marido e os demais membros da nobreza. Essa conclusão é baseada no estudo da história que identifica o rei Xerxes como um indivíduo emocionalmente instável, que era cruel em suas atitudes e imprevisível em suas ações. Isso pode soar um tanto lógico para muitas pessoas hoje em dia, uma vez que não é mais comum atualmente que uma esposa atenda a uma ordem do marido. Esse tipo de comportamento foi a base para o movimento de busca de direitos iguais para homens e mulheres. Em nossa sociedade moderna, tornou-se quase impossível continuar seguindo os costumes antigos. Na maioria das famílias, tanto o marido quanto a mulher trabalham a fim de sustentar o lar. Em muitos casos, o salário da mulher é até mais alto que o do marido; por isso, parece não haver sentido em que um dos parceiros do casamento esteja acima do outro. Em outras palavras, esse é um processo evolucionário natural. Quem pode discutir com essa conclusão lógica: se a sua esposa trabalha o dia inteiro e volta para casa para encontrar um lar desarrumado, por que você não deveria ajudá-la com os afazeres domésticos? Eu apoio esse comportamento de todo o coração e acrescento ainda um forte “Amém!”
Podemos nos opor a esse desenvolvimento o quanto quisermos; podemos identificá-lo como uma filosofia da Nova Era ou algo antifamília. Esse até pode ser o caso e não discordo disso. Mas, fatos são fatos. Nós não estamos apenas vivendo em um tempo onde a igualdade entre maridos e esposas é uma realidade, mas também em uma época em que as crianças também são freqüentemente incluídas nas decisões familiares.
Contudo, três fatores me fazem discordar dos meus colegas a respeito da reação da rainha Vasti:
1) No versículo 5 lemos: “...deu o rei um banquete a todo o povo que se achava na cidadela de Susã, tanto para os maiores como para os menores...” Tratava-se de um evento oficial e autorizado, baseado em uma ordem do rei.
2) “Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres na casa real do rei Assuero” (v. 9). É enfatizado o fato de a rainha ter oferecido uma festa para as mulheres na casa que pertencia ao rei Assuero, indicando que ela lhe era sujeita. Aparentemente, nenhuma provisão legal foi feita para que a rainha Vasti realizasse seu próprio evento; portanto, ela agiu fora da lei.
3) No versículo 8 lemos: “Bebiam sem constrangimento, como estava prescrito”. Essa civilização era bem avançada e governada pela lei. Várias evidências de antigos artefatos testificam que essa era uma civilização bem desenvolvida. Veremos mais tarde que as leis eram tão poderosas, que nem o próprio rei poderia passar por cima delas. Por isso, a interpretação de que a rainha Vasti teria justificadamente se oposto ao banquete de bêbados não tem fundamentação bíblica.
A rainha havia infringido a lei! Vasti havia se rebelado contra a autoridade estabelecida pela civilização persa.
Arriscando a possibilidade de ser mal-entendido, eu me aventuro a dizer que a rainha Vasti era uma feminista, que estava interessada somente em fazer a sua própria vontade, mesmo se isso importasse em desrespeitar a autoridade de seu marido, o que podemos constatar no versículo 12: “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei, pelo que o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira”.
Embora vejamos que o rei estava de fato irado, ele não agiu como um bêbado irresponsável, ou como um ditador insensível que abusava de sua autoridade. O rei Assuero convocou todos os seus conselheiros oficiais: “...os sábios que entendiam dos tempos (porque assim se tratavam os interesses do rei na presença de todos os que sabiam a lei e o direito” (v. 13). Uma questão foi levantada:“O que deveria ser feito à rainha Vasti, segundo a lei?”Novamente, vemos que o manejo da situação envolvia um procedimento ordenado, uma questão legal, com conseqüências nacionais. A rainha havia infringido a lei! Vasti havia se rebelado contra a autoridade estabelecida pela civilização persa. É interessante observar que o rei deu uma ordem quase idêntica ao que é dito no Novo Testamento: “...cada homem deve ser senhor de sua própria casa” (Ester 1.22). Em 1 Timóteo 3.5 lemos: “pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” Para um homem servir a Deus, é necessário que ele governe sua própria casa. A rainha Vasti estava dando seu banquete na casa do rei.

Mordecai, o judeu

O povo judeu, que tinha sido disperso de Jerusalém e levado cativo à terra de Babilônia, que mais tarde acabou sendo governada pelos medo-persas, vivia aparentemente em paz e gozava de prosperidade. Dentre aqueles judeus havia um de nome Mordecai, que tinha uma sobrinha chamada Ester. Quando Mordecai descobriu que a rainha Vasti havia se separado do rei Assuero, o que resultou em sua dispensa, e que o rei procurava uma nova rainha, ele apresentou Ester como candidata.
Ester logo tornou-se a favorita do rei e lemos: “Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado” (Ester 2.16).
O povo judeu tinha sido disperso de Jerusalém e levado cativo à terra de Babilônia, que mais tarde acabou sendo governada pelos medo-persas. Dentre aqueles judeus havia um de nome Mordecai.
O tio Mordecai permanecia observando tudo de longe. Ele era um servo fiel do rei gentio e aparentemente cumpria tudo o que a lei exigia. Contudo, havia uma exceção: Mordecai, o judeu, recusou-se a curvar-se diante do primeiro-ministro do reino, chamado Hamã, o agagita: “Todos os servos do rei que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei a respeito dele. Mordecai, porém, não se inclinava, nem se prostrava” (Ester 3.2).
Será que Mordecai se recusou a se prostrar diante de Hamã porque ele reconhecia a arrogância desse homem? Será que ele não o honrou porque estaria sendo hipócrita? Nós sabemos através de outros versículos que o ato de se curvar perante uma autoridade ou um hóspede estimado era muito comum naqueles dias. Uma coisa é certa, Mordecai não se curvaria perante Hamã. Até os servos do rei perguntaram: “por que transgrides as ordens do rei?” (Ester 3.3). Mordecai deliberadamente violou o mandamento do rei. Obviamente Hamã tinha autoridade para eliminar Mordecai. Aparentemente, esse homem estava tão cheio de orgulho e ódio, que matar somente um homem não iria satisfazer-lhe os desejos. Então, ele planejou a aniquilação de todo o povo judeu existente no reino: “Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o atentar apenas contra Mordecai, porque lhe haviam declarado de que povo era Mordecai, por isso, procurou Hamã destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero” (Ester 3.6).
A fim de cumprir seus intentos malignos, Hamã tinha que proceder de conformidade com a lei. Sendo um confiável oficial do governo, ele apresentou seu caso ao rei: “Então disse Hamã ao rei Assuero: Existe espalhado, disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei, pelo que não convém ao rei tolerá-lo. Se bem parecer ao rei, decrete-se que sejam mortos, e, nas próprias mãos dos que executarem a obra, eu pesarei dez mil talentos de prata para que entrem nos tesouros do rei. Então, o rei tirou da mão o seu anel, deu-o a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus” (Ester 3.8-10). Hamã misturou a verdade com mentiras. O fato de que as “leis [do povo judeu] são diferentes das leis de todos os povos” era verdade, mas ele acrescentou uma mentira óbvia: “...e não cumpre as [leis] do rei...” Mordecai foi quem quebrou a lei, não os demais judeus. De qualquer forma, o destino dos judeus estava selado! O versículo 13 nos dá os detalhes: “Enviaram-se as cartas, por intermédio dos correios, a todas as províncias do rei, para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, e que lhes saqueassem os bens” (Ester 3.13). O terceiro capítulo conclui: “o rei e Hamã se assentaram a beber, mas a cidade de Susã estava perplexa”. As pessoas estavam impressionadas, o rei não sabia de nada, e Hamã se regozijava porque seus planos estavam se realizando.
Sem dúvida os judeus, que tinham ganhado riquezas na terra do cativeiro, tornaram-se parte integral desse reino próspero. De repente, essa nova lei foi introduzida e consistia em uma sentença de morte para todo o povo judeu. Que terrível tragédia foi para os judeus saberem que todos iriam ser executados no dia 13 do mês de adar.
As propriedades e as riquezas que eles haviam acumulado seriam dadas para seus piores inimigos. Como eles devem ter clamado a Deus: “Oh! Senhor, como podes deixar isso acontecer conosco? Nós somos o teu povo, a quem o Senhor tirou da escravidão do Egito. O Senhor nos fez uma grande nação, mas temos pecado contra ti. O Senhor nos rejeitou novamente, mas prometeu que nos traria de volta, e agora toda a nossa esperança está perdida e estamos por perecer”. O que os judeus não sabiam é que todos os seus inimigos seriam identificados pela sua sentença de morte. Não havia muita dúvida de que aqueles que odiavam os judeus estavam deixando bem claro que viriam ao seu encalço. Eles provavelmente os atormentaram contando os dias. Os inimigos não podiam tocá-los enquanto o dia determinado não chegasse, porque os judeus estavam protegidos pela lei como o restante do povo. A lei e a ordem foram implementadas pela autoridade do rei. Os judeus estavam seguros até o dia 13 do mês de adar, quando uma outra lei se tornaria efetiva.
Nesse meio tempo, Mordecai e todos os judeus do reino começaram a orar: “...havia entre os judeus grande luto, com jejum e choro, e lamentação; e muitos se deitavam em pano de saco e em cinza” (Ester 4.3).

A rainha Ester

Foi nessa hora que Ester entrou em cena. Mordecai a contactou com uma afirmação profundamente profética: “Porque se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Ester 4.14). A profunda fé de Mordecai no Deus de Israel é evidente. Ele ainda acreditava em um livramento mas não sabia como este iria acontecer.
Ester reconheceu que sua situação era precária porque ela não poderia se aproximar do rei sem a sua permissão. Contudo, essa mulher determinada, que teve um papel fundamental na salvação física dos judeus, tinha tomado uma decisão. Se fosse necessário, ela estava preparada para dar a vida pelo seu povo: “...se perecer, pereci” (Ester 4.16).
Ester chegou à conclusão de que a vida do seu povo era mais importante que a dela.
Ester chegou à conclusão de que a vida do seu povo era mais importante que a dela. Ela infringiu a lei, aproximando-se do rei sem um convite formal, e encontrou graça perante o rei Assuero: “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro” (Ester 5.2). Esse gesto foi o primeiro sinal de esperança para a salvação de Israel. O cetro é um símbolo e uma expressão do poder real. Embora esse cetro estivesse nas mãos do rei Assuero, o verdadeiro poder repousa sobre o cetro ao qual Jacó se referiu profeticamente quando falou a respeito de Judá: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” (Gênesis 49.10).
Mais tarde na história, lemos sobre Balaão, o profeta gentio que descreveu o povo do cetro: “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Números 24.17).
Por isso, quando lemos que: “o rei apontou para Ester o cetro de ouro que estava em sua mão”,devemos perceber que esse era mais do que um ornamento decorado de ouro na mão de um rei gentio; era a providência de Deus para Israel que estava naquele cetro.
Como Ester reagiu? Ela falou ao rei imediatamente sobre a catástrofe que aconteceria ao seu povo? Ela implorou por misericórdia? Não. Ester sabia que estava na presença do rei que possuía o poder pelo qual poderia decretar uma nova lei. De forma sábia, Ester primeiro procurou criar uma amizade não somente com o rei, mas também com o inimigo: “Respondeu Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã, hoje, ao banquete que eu preparei ao rei” (Ester 5.4).
Durante o banquete, o rei perguntou: “Qual é a tua petição?” (Ester 5.6). Ester respondeu: “se achei favor perante o rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a petição, e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar amanhã, e então farei segundo o rei me concede” (Ester 5.8). A rainha Ester foi cautelosa. Ela se comportou com dignidade real e convidou Hamã e o rei para um outro banquete no dia seguinte.
Cheio de alegria e completamente cego quanto ao seu destino, Hamã proclamou a sua esposa e amigos: “Contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas e a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e como o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei” (Ester 5.11). A grande honra que lhe fora dada não o fez consciente da sua própria desgraça; aliás, o que aconteceu foi exatamente o oposto: ele mergulhou em uma escuridão ainda maior. Hamã disse: “Porém tudo isto não me satisfaz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à porta do rei” (Ester 5.13). Aí sua esposa se envolveu: “Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura, e, pela manhã dize ao rei que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi bem aceita por Hamã, que mandou levantar a forca” (Ester 5.14). A execução de Mordecai foi agendada para o dia seguinte, antes que Hamã comparecesse ao banquete.

O rei não conseguia dormir

No começo do capítulo 6, ficamos sabendo que o rei, a quem o cetro fora concedido, não estava conseguindo dormir à noite. Se o rei tivesse conseguido dormir, Mordecai provavelmente teria sido executado e Hamã teria conseguido agir com autoridade. Mas Deus não havia planejado as coisas assim. Primeiro era necessário que Mordecai fosse poupado, e que o orgulhoso Hamã fosse humilhado e preparado para sua própria execução.
Quando foram lidas as crônicas diante do rei insone, achou-se escrito que certa vez Mordecai tinha salvado a vida de Assuero. Então o rei perguntou: “Que honras e distinções se deram a Mordecai por isso?” (Ester 6.3). Semelhantemente aos nossos dias, esse fato havia-se perdido em meio à burocracia do reino: “Nada lhe foi conferido” (v. 3), foi a resposta do servo.
Nesse caso, a insônia fez com que o rei ficasse alerta. Ele não agiu irracional e irresponsavelmente como fez quando deu ouvidos ao argumento de Hamã a respeito da aniquilação do povo judeu.
Uma observação pessoal: talvez a solução para sua insônia não esteja em remédios, visitas a médicos ou terapeutas. Pode ser que a hora da sua insônia seja um tempo em que Deus deseja falar com você. Sei que muitos sofrem de uma ou mais das inúmeras causas físicas ou emocionais que podem causar insônia. Mas em certas ocasiões não há razão para ela; você simplesmente não consegue dormir. Essa é uma hora ideal para se ocupar com o seu Criador; abra o livro, o Seu livro, e perceba que Ele salvou a sua vida. Você escapou de uma eternidade perdida e sem Deus para a presença na mansão real. Que honra foi dada a Ele que lhe salvou? Ele fez com que nossas Bíblias fossem escritas para que pudéssemos entender Suas intenções. Em suas páginas você encontrará uma declaração de amor: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Você já ofereceu uma resposta a essa oferta? Se ainda não, faça-o hoje.
Você já leu a acusação que Jesus fez às pessoas de Jerusalém: “Nunca lestes nas Escrituras...?” (Mateus 21.42)? Você quer saber sobre o futuro? Use a sua insônia para ler mais sobre ele e então reaja ao que tiver lido através de uma conversa com Jesus. Ninguém nunca orou tanto como Jesus; Ele passava noites inteiras em oração. Durante Seus últimos dias, Ele teve que repreender Seus discípulos: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?” (Mateus 26.40). Pode muito bem ser que Deus providenciará essa insônia para que você tome uma posição sacerdotal em favor daqueles que estão por perecer. Vidas estão em jogo! Conforme Apocalipse 1.6, Jesus, “nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai”. Seja como a rainha Ester, que estava pronta a abrir mão de sua vida para ir à presença do rei e interceder sacerdotalmente pelo seu povo. Você fará isso hoje?
Hamã levou Mordecai montado em um dos cavalos do rei, elogiando-o em alta voz, para todos ouvirem.
A confiança que o rei tinha em Hamã era impressionante. Parece que, coincidentemente, Hamã estava no átrio do palácio do rei, pronto para pedir permissão para enforcar Mordecai na forca que já havia preparado. Naquele exato momento, o rei o chamou e perguntou: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” (Ester 6.6). Com presunção, cegueira espiritual e o coração cheio de ódio, Hamã só conseguia pensar que ele era esse homem a quem o rei tinha o desejo de honrar. Por isso, disse sem hesitar: “tragam-se as vestes reais, que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real; entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar; levem-no a cavalo pela praça da cidade e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar” (Ester 6.8-9). O rei sabia que Mordecai era judeu? Ele sabia que Hamã o odiava? A ordem do rei para Hamã foi a pior coisa que lhe poderia ter acontecido. Ele estava tão confiante em sua vitória que o orgulho lhe subiu à cabeça. Agora, porém, ele teria que desfilar pela cidade falando para as pessoas que Mordecai era o homem que o rei se alegrava em honrar. Os cidadãos de Susã estavam indubitavelmente confusos. Eles ficaram chocados com a proclamação de que todos os judeus deveriam ser mortos em determinado dia. Certamente eles sabiam que tinha sido Hamã quem havia expedido tal ordem. No entanto, agora ele estava levando Mordecai montado em um dos cavalos do rei, elogiando-o em alta voz, para todos ouvirem.
Assim que retornou ao palácio, “Hamã se retirou correndo para casa, angustiado e de cabeça coberta” (Ester 6.12). Aí ele recebeu notícias ainda piores: “Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele” (Ester 6.13). Com certeza, o povo de Susã já estava familiarizado com os judeus. Eles viviam juntos na mesma cidade que abrigava as sinagogas onde os judeus se reuniam. Eles trabalhavam para se sustentar. Alguns eram bem-sucedidos e contratavam outros, criando empregos. Não temos razão nenhuma para acreditar que os judeus daquela época em Susã eram diferentes dos de hoje. A frase “Se Mordecai... é da descendência dos judeus...”, indica que eles eram respeitados e conhecidos pela sua adoração ao Deus invisível e pelo estudo da Sua Palavra.
Hamã havia articulado uma estratégia infalível, e a aniquilação dos judeus estava certa; apenas um curto período de tempo os separava da vida e da morte. Eles também sabiam que a lei outorgada pelo rei não poderia ser revogada. Uma vez que a lei fora sancionada com o selo real, ela tinha que ser aplicada. Isso indica claramente que o governo medo-persa era de qualidade muito superior às formas de governo que temos hoje. Agora, os políticos podem prometer muitas coisas aos seus eleitores, mas quando são eleitos eles não são obrigados, por lei, a manter suas promessas. Portanto, compreendemos que das quatro potências gentílicas – Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma – a última é a inferior. No livro de Daniel, capítulo 2, vemos a composição das quatro potências mundiais: Babilônia, representada pelo ouro; Medo-Pérsia, prata; Grécia, cobre; e Roma, ferro e barro. Portanto, a inferioridade de todos os governos após a Babilônia e a Medo-Pérsia é evidente.
Hamã nem tinha bem terminado de ouvir as terríveis notícias de sua própria esposa e de seus conselheiros quando uma mensagem urgente do rei o interrompeu: “Falavam estes ainda com ele quando chegaram os eunucos do rei e apressadamente levaram Hamã ao banquete que Ester preparara” (Ester 6.14).

Hamã é desmascarado

Esse banquete privado que a rainha Ester havia preparado era realmente muito especial. O convidado de honra era Hamã, e pela terceira vez o rei perguntou: “Qual é a tua petição, rainha Ester?” (Ester 7.2). Aí, outra revelação devastadora foi feita: “Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo. Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez; se ainda como servos e como servas nos tivessem vendido, calar-me-ia, porque o inimigo não merece que eu moleste o rei” (Ester 7.3-4). O rei Assuero, que havia depositado sua total confiança em Hamã, aparentemente não tinha investigado coisa alguma sobre as origens da rainha Ester. Ele não sabia que ela era judia. “Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?” (Ester 7.5). De forma triunfante, Ester havia chegado ao ponto final de seu plano. Essa frágil e bonita mulher, que arriscou sua vida para salvar seu povo, agora tinha a atenção do rei, a maior autoridade naquela terra.“Respondeu Ester: O adversário e inimigo é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha” (Ester 7.6).
“Hamã, porém, ficou para rogar por sua vida à rainha Ester, pois viu que o mal contra ele já estava determinado pelo rei” (Ester 7.7).
Hamã tinha toda a razão de estar com medo. Agora esse homem, que antes fora tão ousado e corajoso, revelou-se um covarde: “Hamã, porém, ficou para rogar por sua vida à rainha Ester, pois viu que o mal contra ele já estava determinado pelo rei” (Ester 7.7). O fim de Hamã tinha chegado; não havia mais chance para misericórdia: “Tendo o rei dito estas palavras, cobriram o rosto de Hamã” (Ester 7.8). Um homem condenado não poderia mais olhar para a face do rei. A forca que Hamã havia construído para matar Mordecai, o judeu, tornou-se instrumento de sua própria execução: “Enforcaram, pois, Hamã na forca que ele tinha preparado para Mordecai. Então, o furor do rei se aplacou” (Ester 7.10).

O último pedido da rainha Ester

Hamã foi executado e Mordecai foi exaltado. Contudo, os problemas do povo judeu no reino ainda não estavam resolvidos.
Novamente, Ester arriscou sua vida: “Falou mais Ester perante o rei e se lhe lançou aos pés; e, com lágrimas lhe implorou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e a trama que havia empreendido contra os judeus” (Ester 8.3). Novamente, “estendeu o rei para Ester o cetro de ouro...” (Ester 8.4). Esse era o sinal da graça, e agora ela poderia novamente apresentar seu caso em favor do seu povo: “...escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias do rei” (Ester 8.5). Mas havia um problema: o rei não poderia conceder esse último desejo à rainha Ester. A lei daquela terra era irrevogável. Uma vez que o rei havia autorizado e selado referida lei com seu anel, ela não poderia ser revertida, “...porque os decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar” (Ester 8.8).
Isso deve nos lembrar das eternas leis de Deus. Quando o Senhor avisou a Adão que ele morreria se comesse do fruto proibido, essa Lei não poderia ser revogada. Daquele dia em diante, cada pessoa na face da terra estava destinada a morrer, desde o momento de seu nascimento. Não existe possibilidade de se revogar uma Lei Eterna de Deus. Portanto, qualquer um que quiser viver sob a Lei, nunca terá a chance de ter a vida eterna. Para podermos escapar da morte eterna, precisamos aprender uma nova Lei. Essa Lei é baseada em uma outra Lei, estabelecida pelo Filho de Deus. João 3.36 diz: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. Esse é o ponto principal da mensagem da Bíblia: a fé no sacrifício substituto do Filho de Deus nos coloca sob a jurisdição de uma nova Lei, a Lei do amor. A morte certamente está sob a Lei antiga; contudo, essa sentença de morte já foi executada sobre o Senhor Jesus Cristo, que pagou pelas nossas transgressões em sua totalidade. Qualquer tentativa em manter leis estabelecidas por assembléias, em guardar certos dias santos ou o sábado, a fim de se obter a justificação, é vã. Nada disso levará à salvação eterna, mas sim à condenação. A Bíblia diz claramente: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)” (Gálatas 3.10-13).
No caso da rainha Ester, vemos que uma nova lei teria que ser escrita: “Então, foram chamados, sem detença, os secretários do rei, aos vinte e três dias do mês de sivã, que é o terceiro mês. E, segundo tudo quanto ordenou Mordecai, se escreveu um edito para os judeus, para os sátrapas, para os governadores e para os príncipes das províncias que se estendem da Índia à Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada uma no seu próprio modo de escrever, e a cada povo na sua própria língua; e também aos judeus segundo o seu próprio modo de escrever e a sua própria língua” (Ester 8.9). Qual era o conteúdo dessa lei? “...o rei concedia aos judeus de cada cidade que se reunissem e se dispusessem para defender a sua vida, para destruir, matar e aniquilar de vez toda e qualquer força armada do povo da província que viessem contra eles, crianças e mulheres e que se saqueassem os seus bens” (Ester 8.11).
Quem eles iriam destruir? Que propriedade eles saqueariam? Anteriormente, vimos que os inimigos dos judeus se identificaram pelos preparativos que estavam fazendo para a sua destruição. Tenho certeza que os judeus sabiam exatamente onde moravam seus inimigos. A lei anterior, redigida por Hamã, havia causado a identificação de tais inimigos.
Um evento similar aconteceu quando Israel estava sob o jugo de Faraó. Depois que Moisés requisitou a liberação do povo, Faraó se recusou a deixá-lo partir e ordenou que os israelitas fossem pelo campo e ajuntassem sua própria palha. Assim fazendo, eles se familiarizaram com os vizinhos egípcios, suas casas, e também o conteúdo destas. Então, quando chegou a hora do êxodo, eles foram até a casa daquelas pessoas e pegaram seus bens mais valiosos.
Os judeus ainda tinham uma sentença de morte pairando sobre suas cabeças, mas também tinham uma nova lei selada pelo rei: “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam; porque os judeus, nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para dar cabo daqueles que lhes procuravam o mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o terror que inspiravam caiu sobre todos aqueles povos. Todos os príncipes das províncias, e os sátrapas e os governadores, e os oficiais do rei auxiliavam os judeus, porque tinha caído sobre eles o temor de Mordecai” (Ester 9.1-3).
O livro de Ester.
A rainha Ester arriscou sua vida. Ela estava disposta a sacrificar-se por seu povo e passou a ser a principal personagem envolvida na salvação física da raça judaica. Seu primo Mordecai foi elevado à realeza: “Então, Mordecai saiu da presença do rei com veste real azul-celeste e branco, como também com grande coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se alegrou” (Ester 8.15). É importante observar o resultado dessa elevação de Mordecai: “Sucedeu isto no dia treze do mês de adar; no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegria” (Ester 9.17). É assim que o Senhor trabalha. Em meio à fraqueza, Ele demonstra Sua força; em meio ao desespero, Ele dá eterna segurança. E através da morte, Ele traz a vida eterna. Nenhuma campanha, protesto organizado ou resistência teria ajudado os judeus durante o reinado de Assuero. Apenas a resolução firme da rainha Ester em arriscar a sua vida fez a diferença.
Quando o Evangelho é pregado em verdade, como foi o caso da igreja primitiva em Jerusalém, o Senhor age. Lemos em Atos 2.42-43,46-47: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
Na igreja primitiva eles “perseveravam na doutrina dos apóstolos”. Novamente, não lemos nada sobre qualquer tipo de marchas de protesto, oposição contra o governo, ou de luta contra todos os tipos de maldade social. Porém, a verdadeira dedicação dos crentes ao Evangelho fez com que tivessem o favor do povo. Eles não eram respeitados por sua posição social, mas por causa da sua simples fé, obedecendo ao que o Senhor havia ordenado, pregando o Evangelho a todas as pessoas em todo lugar.
No desenvolvimento da igreja primitiva, nada lemos sobre cruzadas especiais ou grandes eventos ecumênicos, mas sim sobre a adesão à doutrina dos apóstolos. A última frase diz: “...acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Essa é a chave para a evangelização nos últimos dias. É de suma importância fazermos a vontade de Deus. Quando formos obedientes a Deus e nos dispusermos a nos sacrificar pela causa do Evangelho, verdadeiramente o Senhor acrescentará à Igreja diariamente os que forem salvos.
Até o dia de hoje, a festa de Purim é celebrada em Israel e nas casas dos judeus em todo o mundo.

A instituição da festa de Purim

Até o dia de hoje, a festa de Purim é celebrada em Israel e nas casas dos judeus em todo o mundo. É a celebração da vitória da rainha Ester sobre Hamã, o inimigo dos judeus: “Mordecai escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe, ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres. Assim, os judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira vez, segundo Mordecai lhes prescrevera; porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lançado o Pur, isto é, sortes, para os assolar e destruir. Mas, tendo Ester ido perante o rei, ordenou ele por cartas que o seu mau intento, que assentara contra os judeus, recaísse contra a própria cabeça dele, pelo que enforcaram a ele e a seus filhos. Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido” (Ester 9.20-26). (Arno Froese -http://www.beth-shalom.com.br)