terça-feira, 11 de março de 2014

É muito comum ouvirmos alguns crentes afirmarem que o cristão que está doente não deve aceitar essa condição porque Jesus levou lá na cruz todas as nossas enfermidades e, por isso, o crente não deve ficar doente. O texto que é usualmente usado para essa afirmação é Isaías 53.4: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.”. Segundo muitos esse texto seria o embasamento de que o crente que está doente está em pecado ou está com uma fé “pequena”, por isso, precisa exercer a sua fé com mais firmeza, pois essa doença foi levada por Cristo lá na cruz e não deveria acontecer na vida desse crente.
Tenho dificuldades de crer nesse conceito por alguns motivos que exponho abaixo:
Jesus levou sobre si todas as nossas enfermidades, por isso, os crentes não devem ficar doentes?
(1) Qual seria o significado de “enfermidades” no texto de Isaías 53.4? No hebraico a palavra é“choliy”, que significa “doença”. Mas será que o texto está falando de doenças físicas?
Creio que a obra de Jesus pode sim repercutir positivamente em nosso físico, porém, o contexto parece nos indicar que os benefícios curativos da morte de Cristo tem um alvo muito mais espiritual que físico. O versículo cinco desse mesmo texto de Isaías diz: “Mas ele foi traspassado pelas nossastransgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”.Note que as “doenças” citadas no contexto são as transgressões e iniquidades, que apontam para o ser humano afundado no pecado. Jesus foi traspassado e moído por causa dessas doenças (nossos pecados) e não de doenças físicas. Note ainda que essa obra curativa de Jesus sobre essas nossas doenças nos tornou “sarados”. A ênfase aqui não é em problemas de saúde do nosso físico, mas do nosso espírito. Jesus nos sarou das consequências de nossa pior doença (pecado). Jesus não morreu na cruz para que eu não tivesse mais uma dor de cabeça ou uma dor na coluna ou outra doença.
É claro que aquilo que está em nosso espírito pode repercutir no físico, mas isso não significa que a obra de Jesus foi para nos livrar de todas as doenças físicas e que nunca deveríamos ficar doentes fisicamente.
(2) Considerando que Jesus tenha levado nossas doenças físicas lá na cruz como alguns dizem, como podemos harmonizar esse pensamento com o fato de que milhares de crentes ficam doentes todos os dias (e até morrem em decorrência dessas doenças) no mundo inteiro? E ainda o fato de vários crentes terem ficado doentes na Bíblia Sagrada (Paulo, Timóteo, Lázaro, Trófimo, etc)? Nesse momento me lembro de um pedido de oração que vi no Facebook do grande evangelista Billy Grahan, reconhecido homem de Deus, e que está seriamente doente. Servos de Deus ficam doentes o tempo todo e nem por isso estão longe de Deus. Ora, seria a obra que Jesus fez na cruz fraca ou mal feita a ponto de não fazer efeito na vida de seus servos? Essa obra de Jesus estaria apoiada em nossas obras e não nos méritos Dele?
O texto de Isaías é enfático ao dizer que “pelas suas pisaduras fomos sarados.”. Não há margem alguma para pensarmos que algum crentes verdadeiros são sarados e outros não. Ou que crentes podem ficar sarados em alguns momentos e em outros não. Em meu entendimento o texto de Isaías só consegue estar harmonizado com a salvação pela fé, que não é por obras do ser humano, e que é operada totalmente e plenamente por Deus (Efésios 2.8) . Só assim o “fomos sarados” se cumpre sem dúvida alguma e plenamente na vida do ser humano. A obra de Jesus citada por Isaías é a de remissão de nossos pecados, nossa maior doença.
(3) Assim concluo que o argumento de que Jesus levou todas as nossas doenças físicas lá na cruz e que não podemos ficar doentes, não tem embasamento no texto de Isaías. Devemos sim buscar a cura nos meios que Deus coloca diante de nós, na medicina, por exemplo, e, por que não também no agir sobrenatural de Deus quando necessário. Porém, não podemos afirmar que se um crente está doente isso signifique que a obra de Jesus não esteja sendo feita na vida dele. Muitos crentes verdadeiros, inclusive, morrerão vítimas de doenças e morrerão plenamente na presença de Jesus sem qualquer prejuízo da obra de Cristo na cruz.

parábola do  fariseu e o publicano está em Lc 18.9-14.
 RESUMO DA PARÁBOLA


Essa parábola de Jesus foi proferida com o objetivo de atingir alguns homens que “confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (Lucas 18.9). Ela mostra a história de dois tipos de homens diferentes, que em um mesmo dia tiveram um mesmo pensamento, que foi o de ir até o templo fazer orações. Jesus faz um contraste entre a oração realizada pelo fariseu, que era um religioso da época e a realizada por um publicano, que era um cobrador de impostos e, por esse fato, era de um grupo muito odiado pelas pessoas e até considerado pecador da pior qualidade. Já explicamos aqui no blog com mais detalhes o que significa fariseu e também o que significa publicano. Se quiser saber mais detalhes leia esses artigos.
ENSINAMENTOS DA PARÁBOLA
 Ter uma religiosidade não significa que agradamos a Deus. Essa parábola mostra claramente que a religiosidade que ostentamos em nossa vida não significa nada para Deus se não brotar de um coração sincero e se não for de acordo com a vontade Dele. Observe que o fariseu e o publicano tiveram atitudes de religiosos, pois estavam buscando a Deus em oração, porém, o fariseu, o mais religioso dos dois, é reprovado, pois sua religiosidade – e oração – eram vazias. O publicano não era considerado um religioso, mas tinha um coração que agradava a Deus.
 O orgulho religioso mata nossa vida com Deus. O fariseu mostrou o quanto estava distante de Deus quando exaltou suas próprias obras como sendo, na visão dele, o motivo de Deus o “aceitar” em Sua presença. Porém, ele apenas mostrou o quanto adorava a si mesmo e não a Deus. Observe esse trecho de sua fala: “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lucas 18.11). Quando Jesus diz que o fariseu orava “de si para si mesmo” mostra que Deus não o ouvia, pois o seu orgulho matara sua comunhão com Deus.
Ter uma visão bíblica de si mesmo é a chave para agradarmos a Deus. O publicano, apesar de não ser um atuante religioso, foi até a presença de Deus com uma visão bíblica de si mesmo e de sua situação corrompida de pecador. De cabeça baixa, batia no peito, clamando pela misericórdia de Deus sobre sua vida. Esse homem mostrou verdadeiro arrependimento e humildade diante da presença santa e gloriosa de Deus. Por isso, Jesus disse que ele foi justificado para sua casa, afinal, agradara a Deus com um coração verdadeiramente religioso.
Nem tudo que parece é. O ensino da parábola se torna muito profundo quando destrói os julgamentos que as pessoas fazem baseadas na aparência das pessoas. O fariseu aparentemente era justo e visto com alta consideração por muitos, mas seu coração hipócrita estava diante de Deus. Ele vivia sob uma capa de hipocrisia, sustentando algo que não vivia de verdade. Já o publicano era visto como o pior dos pecadores, e alguns nem mesmo aceitavam a sua presença buscando a Deus, considerando-o impuro demais para ter “conserto”. Porém, ele se tornou o justo da história!
parábola do filho pródigo está registrada em Lc 15.11-32

RESUMO DA PARÁBOLA

Essa parábola conta a história de um homem que tinha dois filhos. O filho mais novo resolve pedir ao pai sua parte da herança e vai para uma terra distante viver sua vida como achava que deveria viver. Nessa terra distante ele vai gastando cada centavo do seu dinheiro com seus prazeres, até que todo o seu dinheiro acaba e ele vira quase um mendigo. No momento mais crítico ele sente atração até pela lavagem que era dada aos porcos, tamanha era a fome que sentia. Ele, então, se lembra da casa do pai e resolve voltar arrependido. É recebido com muita festa pelo pai e rejeitado pelo seu irmão mais velho.

EXPLICAÇÃO

Muitas pessoas não sabem bem o que significa a palavra pródigo, que aparece normalmente no título que é dado a essa parábola. De acordo como o dicionário online Michaelis, significa: “Que despende com excessiva profusão; que desbarata os seus bens; dissipador, esbanjador, gastador, perdulário.” Essa parábola mostra Deus na figura do Pai. E mostra cada um de nós ou na figura do irmão mais velho, que rejeita a conversão de seu irmão, ou na figura do irmão mais novo, que vive uma vida cheia de pecados.

LIÇÕES DA PARÁBOLA


Talvez essa seja uma das parábolas capazes de nos dar o maior número de lições entre todas, pois é muito rica. Destaco algumas para nossa edificação:
Deus muitas vezes irá permitir que caiamos em nosso orgulho. Observe que o pai da parábola, mesmo estando vivo, deu a parte da herança ao filho mais novo. Ela não era obrigado a fazer isso, poderia inclusive proteger seu filho, negando-lhe e proibindo que ele fizesse aquela loucura, porém, ele permitiu, e sabia que seu filho iria sofrer por causa do seu orgulho e imprudência. Mas o pai tinha seus planos.
Deus na figura do pai tem paciência com seus filhos pecadores. O pai descrito na parábola é muito paciente com o absurdo que o filho mais novo fez. Ele não estava preocupado com os bens materiais que se perderam, mas com o crescimento do filho. Esse pai soube esperar o filho crescer e se arrepender de seus pecados. A paciência de Deus visa dar tempo para cairmos em si e nos arrependermos dos nossos erros.
Deus nos recebe de braços abertos quando somos humildes e nos arrependemos.Quando o pai vê a volta de seu filho arrependido, manda preparar uma festa e declara ao irmão mais velho: “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lc 15.32)
Como o filho mais velho, muitas vezes focamos no menos importante ao invés do mais importante. Observe que o filho mais velho fica extremamente preocupado com sua própria justiça e zelo e com os bens materiais que seu irmão desperdiçou, achando-se superior. Estava tão cego que não conseguia enxergar a conversão de seu irmão, pelo contrário, dá a entender que preferia que seu irmão permanecesse no mundo. “Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.” (Lc 15.29-30)
Deus ama tanto os seus filhos que já O servem, quando aqueles que ainda agem contrários à Sua vontade. A parábola do filho pródigo mostra a grandeza do amor de Deus. Ao filho mais velho, que sempre estava servindo o pai e buscando fazer a sua vontade, ele diz: “Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” (Lc 15.31). Ao filho mais novo, diante de uma atitude de arrependimento, o pai age amorosamente: “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.” (Lc 15.20)
parábola da ovelha perdida está registrada em Lucas 15.3-7
 RESUMO DA PARÁBOLA


Nessa parábola Jesus, para exemplificar o amor de Deus por aqueles que estão perdidos, usa como pano de fundo a história de um homem que cuidava de cem ovelhas, mas que acaba perdendo uma delas. Esse homem, sem hesitar, deixa as noventa e nove ovelhas que estão a salvo e empreende uma jornada em busca daquela que se desgarrou. Quando a encontra faz uma grande festa diante da sua comunidade pela conquista de achar a ovelha que estava perdida.
 LIÇÕES DA PARÁBOLA
 Cada ovelha é preciosa. Muitos poderão dizer que esse homem da parábola foi negligente por deixar suas noventa e nove ovelhas e ir atrás de apenas uma que estava perdida. Porém, o ensino bíblico é que cada ovelha é preciosa. Cada vida é muito preciosa aos olhos de Deus. Está ai o porquê Jesus ter dado Sua própria vida em resgate de Suas ovelhas que estavam perdidas e tê-las resgatado.
 As ovelhas que não estão perdidas não precisam do mesmo cuidado que a que está perdida. Quando uma ovelha está perdida ela passa a necessitar mais de atenção. Ela precisa de mais cuidados, de correção, de amparo, de instrução. Nesse sentido, o homem da parábola age corretamente como alguém que deseja ver sua ovelha novamente “encontrada”. Assim também é com Deus, que busca as Suas ovelhas desgarradas a fim de vê-las em Sua presença novamente. E é evidente que elas precisam de mais cuidados que aquelas que não estão perdidas.
 A alegria de encontrar uma ovelha perdida é muito grande. O coração egoísta quer toda a atenção para si, mas aquele que vê a dor do “outro” se alegra sobremaneira pela recuperação de alguém que, antes, parecia irrecuperável. Foi o caso dos amigos e vizinhos do homem que recuperou a ovelha perdida e também do “céu” que se alegra quando um pecador se arrepende. Não há espaço para egoísmo, mas sim para festejar.
 Deus ama as ovelhas perdidas. De certa forma todos nós já fomos ovelhas perdidas. Já estivemos longe de Deus e, Ele, amorosamente, nos resgatou e nos trouxe de volta à Sua presença. Assim, devemos também, amorosamente, cooperar com Deus na busca das ovelhas perdidas que estão por esse mundo afora. Essa é uma mensagem muito forte que a parábola passa e que Jesus quis incutir na mente dos religiosos daquele tempo.
                                    O QUE SIGNIFICA SAMARITANOS?
Para entendermos quem são os samaritanos, precisamos voltar um pouco no tempo, especificamente, no tempo que é citado nos livros de 1 e 2 Reis. Sob o comando de Saul, e depois de Davi e de Salomão, Israel (as 12 tribos) permaneceu unida como um só povo, um só país. Após a morte de Salomão, porém, houve uma ruptura, e Israel se dividiu: 2 das 12 tribos formaram o reino do sul, também chamado de Judá, cuja capital instituída foi Jerusalém. As 10 tribos restantes formaram o reino do norte, também chamado de Israel, cuja capital instituída foi Samaria.
Os samaritanos são os habitantes da região de Samaria e descendentes dessas dez tribos. Sempre houve uma rivalidade muito grande entre esses dois reinos (Israel e Judá). Fato que fez com que as tribos que habitavam a região de Samaria se fechassem cada vez mais e cortassem relações com o restante do povo. O tempo foi decorrendo e as relações não melhoraram. Os samaritanos (habitantes da região de Samaria) criaram sua própria religião e costumes e, pouco a pouco, foram excluindo-se da cultura judaica, formando a sua própria.
No tempo de Jesus vemos, pelos escritos dos evangelistas, que ainda perdurava essa rivalidade e ódio. Os judeus nem mesmo consideravam os samaritanos como israelitas autênticos, mesmo tendo eles os mesmos pais.
O diálogo abaixo, entre Jesus e uma mulher samaritana, mostra como era grave o conflito entre eles (note pela fala da mulher samaritana): “Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos )?” (Jo 4. 9).

Veja como os judeus, usando o nome dos samaritanos, se referiram a Jesus, quase como um xingamento: “Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio?” (Jo 8. 48)
Infelizmente, ainda hoje, o conflito entre judeus e samaritanos perdura. Numa escala menor, mas ainda existe.
                                                     O QUE SIGNIFICA LEVITA?

No Antigo Testamento o povo de Israel era formado por tribos. Essas tribos descendiam dos doze filhos de Jacó. Uma das tribos era a tribo de Levi, que era um dos doze filhos de Jacó. Todas as pessoas que faziam parte da tribo de Levi eram chamadas de levitas.
O nome levitas também veio a ser aplicado aos homens que ajudavam os sacerdotes nos serviços do tabernáculo e, mais tarde, no templo construído por Salomão.
“mas incumbe tu os levitas de cuidarem do tabernáculo do Testemunho, e de todos os seus utensílios, e de tudo o que lhe pertence; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; eles ministrarão no tabernáculo e acampar-se-ão ao redor dele.” (Nm 1. 50)
Os levitas tinham a função do sacerdócio dada por Deus a eles [para Arão e seus filhos]. Executavam o louvor, sendo cantores e instrumentistas [isso foi no tempo do rei Davi]. Faziam a arrumação e manutenção do tabernáculo e do templo. Atuavam como guardas, porteiros, padeiros, enfim, tudo que era relacionado ao que era realizado no tabernáculo ou no templo era de responsabilidade dos levitas. Era proibido que alguém de outra tribo fizesse este trabalho, pois era designado por Deus aos levitas.
“porque havia sempre, naquele ofício, quatro porteiros principais, que eram levitas, e tinham a seu cargo as câmaras e os tesouros da Casa de Deus.” (1Cr 9. 26)
“Quenanias, chefe dos levitas músicos, tinha o encargo de dirigir o canto, porque era perito nisso.” (1Cr 15. 22)
Os levitas mais famosos são Moisés, que era da tribo de Levi, e Arão, que era da tribo de Levi e ainda serviu como o primeiro sumo sacerdote no tabernáculo construído no deserto.
Não há menção de levitas na igreja de Cristo encabeçada pelos apóstolos. Hoje, todos somos chamados para servir de alguma forma, de acordo com o dom que nos é dado por Deus.“porque havia sempre, naquele ofício, quatro porteiros principais, que eram levitas, e tinham a seu cargo as câmaras e os tesouros da Casa de Deus.” (1Cr 9. 26)
“Quenanias, chefe dos levitas músicos, tinha o encargo de dirigir o canto, porque era perito nisso.” (1Cr 15. 22)
Os levitas mais famosos são Moisés, que era da tribo de Levi, e Arão, que era da tribo de Levi e ainda serviu como o primeiro sumo sacerdote no tabernáculo construído no deserto.
Não há menção de levitas na igreja de Cristo encabeçada pelos apóstolos. Hoje, todos somos chamados para servir de alguma forma, de acordo com o dom que nos é dado por Deus.
                                            O QUE SIGNIFICA SACERDOTE?

Primeiramente separaremos a história em três momentos: O primeiro momento é o tempo antes de Moisés e da saída do povo israelita do Egito. Nesse tempo, [antes de Deus ter dado ao povo uma lei escrita], a Bíblia menciona que já havia sacerdotes, mas com poucos detalhes. “Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou…” (Hb 7. 1). Não se sabe muito dos sacerdotes nesse tempo, mas eram religiosos que guiavam o povo na direção do que se sabia [certamente por revelações especiais de Deus] da vontade de Deus na época.
No segundo momento temos a instituição do “cargo” de sacerdote feita por Deus através da Lei dada a Moisés. Os primeiros sacerdotes foram Arão e seus filhos. Arão ocupou o cargo de sumo-sacerdote [uma espécie de chefe dos sacerdotes] e seus filhos o cargo de sacerdotes. A função deles era servir como líderes no culto a Deus. O sacerdote era um mediador entre Deus e o povo. Sua função era também a de oferecer os sacrifícios e orar em favor do povo. Essa forma de sacerdócio foi praticada no tabernáculo e também no templo de Jerusalém.
No terceiro momento temos o tempo da vinda de Jesus Cristo. Os sacerdotes deixam de ser mediadores e dão lugar ao mediador perfeito entre Deus e os homens, Jesus. Assim, não há mais necessidade de sacerdotes nos moldes do Antigo Testamento. No Novo Testamento temos a menção de que todos os cristãos são sacerdotes, no sentido de que através de Jesus Cristo tem livre acesso a Deus. “… Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 1. 5-6), e:
“também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1Pe 2. 5)
Atualmente, não há a necessidade de sacerdotes nos moldes do Antigo Testamento. Os líderes atuais tem a função principal de liderar-nos e pastorear-nos na direção que mostra a Palavra de Deus.
O bom Samaritano (Lucas 10. 30-35)
Resumo da parábola
Essa parábola originou-se da pergunta de um intérprete da lei (um advogado e também religioso), que buscava testar Jesus: “Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?” (Lc 10. 29).
Buscando responder a essa pergunta, Jesus conta uma história: O cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém e Jericó. Um homem, viajando por esse caminho, veio a ser interceptado por bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Três personagens são inseridos por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um samaritano. O sacerdote e o levita eram religiosos. Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que tinham de fazer. Já o samaritano era considerado pelos judeus uma pessoa de segunda qualidade, indigna, pois eram inimigos. O detalhe da história é que o sacerdote e o levita nem ligam para o homem que acabara de ser assaltado e agredido, mas o samaritano faz de tudo para salvar esse homem.
Para melhor compreensão, leia também os artigos:
O que significa sacerdote?
O que significa levita?
O que significa samaritanos?
Ensino
Jesus critica aqui a falsa religiosidade. A falsa religiosidade é o ato de apenas ter uma religião, praticar rituais ou aparentar ser um crente. É a hipocrisia, a falsidade. O sacerdote e o levita deveriam exercitar seu amor por alguém que precisava, já que tinham o conhecimento da vontade de Deus. Provavelmente, já que ninguém estava olhando, ignoraram o problema e desviaram o seu caminho, deixando aquele homem ali sofrendo. Mostraram com isso o quão distantes estavam de um relacionamento sério com Deus e com o próximo.
A inserção do samaritano nessa história mostra que o “status” não vale nada. Os samaritanos tinham o “status” de odiados e de indignos e o sacerdote e levita de “santos”. No entanto, a atitude de bondade desse samaritano, mostra que é isso que realmente agrada a Deus. O samaritano doou-se completamente ao homem que necessitava, empregando cuidado, tempo e até dinheiro. Essa é a atitude que Jesus quer ver. Em outras palavras, Jesus quer ver obras decorrentes da fé e não uma fé vazia de boas obras.
parábola dos talentos está registrada em Lucas 18.1-8

RESUMO DA PARÁBOLA

Nessa parábola temos dois personagens principais: Um juiz e uma viúva. A viúva tinha uma causa justa contra um adversário que não é revelado no texto. O que se vê é que ela desejava ardentemente que o juiz julgasse sua causa, fazendo justiça. O juiz a desprezou várias vezes ignorando o seu pedido. No entanto, pela insistência da viúva, e pela importunação que ela causava a ele, o juiz decide que iria julgar a causa.

EXPLICAÇÃO

O juiz dessa parábola representa o lado mais forte da sociedade. O cargo que ocupava demonstrava que era alguém muito importante e que não temia nada nem ninguém. Era poderoso e iníquo (ou seja, não era um juiz justo). A viúva representa o extremo frágil e sem recursos. As viúvas eram marginalizadas na sociedade dos tempos de Jesus, porém, essa viúva através da sua busca justa, convenceu um juiz injusto a julgar corretamente sua causa.

LIÇÕES DA PARÁBOLA

O tema central da parábola é a oração perseverante. O texto já revela isso logo no início:“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18. 1). A viúva é a personagem que nos mostra que devemos buscar a solução das nossas causas justas. Observe que ela não busca vingança contra seu adversário, antes, busca que o juiz dê o ganho de causa a ela, pois tinha certeza que estava correta. Isso mostra fé da parte dela. Podemos identificar essa viúva com os servos de Deus.
Deus ouve as orações e faz o que é correto. Esse juiz iníquo faz um contraste com o juiz justo, que é o Deus todo poderoso. Se um juiz iníquo ouviu uma pessoa das mais simples e humildes da sociedade, e julgou a sua causa, Deus, o todo poderoso juiz justo, não iria fazer muito melhor do que isso? Com certeza! Por isso, o texto mostra claramente essa verdade: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lc 18. 7)
Deus não é demorado em responder ao clamor de seus servos. A ansiedade da viúva certamente era muito grande para ver a sua situação resolvida. Porém, precisou de vários encontros com o juiz para que ele a atendesse. Precisou ser resistente e persistente. Deus faz todas as coisas no tempo certo. A nossa ansiedade e imediatismo muitas vezes destroem a nossa persistência e a nossa fé. A parábola termina dizendo que Deus faz justiça depressa e não demorada. “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça.” (Lc 18. 8). Assim, se um juiz humano e iníquo consegue trazer soluções para as questões apresentadas a Ele, Deus muito mais!
Existe fé verdadeira nas orações das pessoas? A conclusão da parábola é impressionante. Jesus derruba a questão do imediatismo e mostra que na realidade o que falta muitas vezes nas pessoas é a fé. A viúva teve fé, mas muitos não têm. Com uma pergunta de efeito Jesus questiona se aqueles que vêm até Deus com suas orações serão como a viúva cheia de fé perseverante ou não. “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18. 8)
ONDE ESTÁ?
parábola do rico sem juízo está registrada em Lucas 12.16-21
RESUMO DA PARÁBOLA
Jesus conta a história de um homem que conseguiu uma safra surpreendentemente abundante. Diante dessa grande bênção, ele planeja construir celeiros maiores para que guardasse toda a sua riqueza para então aproveitar tudo que a riqueza poderia lhe proporcionar por anos e anos. Deus entra na história reprovando a atitude do homem que, segundo Deus, morreria naquele mesmo dia. Jesus critica o cuidado excessivo do homem em ajuntar tesouros terrenos e o descuido total do homem em construir tesouros celestiais, que agradassem a Deus.
ENSINOS DA PARÁBOLA
A bênção dada por Deus pode se transformar em maldição em nossas vidas. Observe que o homem citado na parábola recebeu uma grande bênção material do Senhor. Seu campo produziu uma grande colheita. Porém, o homem não soube como empregar a bênção de Deus como bênção para sua vida e para as pessoas em redor, antes, a transformou em uma maldição em sua vida, devido ao uso incorreto que fez dela. Ele colocou todo o seu coração na riqueza e não Naquele que lhe havia proporcionado a riqueza.
A bênção dada por Deus deve primeiramente servir para adorar a Deus. A grande safra que Deus deu a esse homem em si não foi pecaminosa. O grande problema foi que o homem da parábola não glorificou a Deus e ainda fez da riqueza o centro de sua vida, sua maior segurança, colocou sua fé nela, deixando de lado o verdadeiro abençoador de sua vida, Deus. O Senhor considerou que ele havia usado Suas bênçãos apenas para construir tesouros terrenos, esquecendo-se do principal, o espiritual. Daí chamá-lo de louco (Lc 12.20).
Nossos planos sempre devem estar diante da vontade de Deus. Deus enfatizou que o homem era um “louco”, pois fazia planos de forma desregrada, sem sequer colocá-los diante de Deus, sem sequer refletir na brevidade da vida. Deus não fazia parte de seus planos. O homem da parábola colocava toda a sua energia em seus planos sem refletir que precisava também agradar a Deus naquilo que estava planejando e fazendo.
O que estamos construindo em nossa vida é para quem? A inquietante pergunta de Deus ao homem rico, que só se preocupava com o “material”, nos faz refletir sobre como temos lidado com a realidade da nossa eternidade. Um dia todos morrerão e a Bíblia é clara a respeito de que a nossa eternidade dependerá da nossa vida com Deus aqui nessa terra. O homem da parábola parece ter esquecido Deus e parece estar caminhando a passos largos para o inferno. É o que muitos de nós também fazemos. Se hoje fosse o dia de sua morte, aquilo que você construiu foi para Deus ou para outro?
E VOCÊ, O QUE APRENDE COM ESSA PARÁBOLA?