segunda-feira, 3 de março de 2014

                                                  Toda honra e gloria ao Senhor

TIPOS DE IMAGENS


Quando lemos a passagem de Êxodo 20.4,5 fazemos a seguinte pergunta: TODA IMAGEM CONFECCIONADA É PECADO DE IDOLATRIA? Creio que não! Existem os "tipos de imagens". Estes tipos é que vão determinar o pecado de idolatria:

IMAGEM DE RECORDAÇÃO - é uma imagem que você tem de alguém, da pessoa amada, querida, que talvez até faleceu e você tem como lembrança. Ter uma imagem dessa não é uma idolatria. Poderá tornar talvez, se a portadora de imagem começar atribuir poderes especiais àquela pessoa ou amar excessivamente ao ponto de tomar o lugar de Deus.

IMAGEM DE ORNAMENTAÇÃO - é uma imagem que você usa no quadro da sua sala, em cima de sua escrivaninha, de sua mesa na sala de visitas. Essas imagens são utilizadas para ornamentar o local. Tais imagens foram usadas no templo de Salomão. Possuir esse tipo de imagem não é uma idolatria. Exceto se for dado a elas poderes especiais ou se houver um apego tão grande, que tome o lugar de Deus.

IMAGEM DE SIMBOLISMO - é uma imagem que representa algo. Temos a bandeira nacional e as imagens citadas do ritualismo judaico no Antigo Testamento. Esse tipo de imagem poderá se tornar um ídolo e consequentemente uma idolatria se atribuir a ela poderes milagrosos ou amor excessivo que tome o lugar de Deus. Isso ocorreu com a serpente de bronze construída por Moisés. Por isso Deus mandou o rei Josias destruí-la (2Rs.18.4).

IMAGEM DE ADORAÇÃO
Esse tipo de imagem é bem característica, dado ao fato de sua representação ser por seres ou pessoas que por aclamação popular possuem atributos divinos como INTERCESSÃO, SALVAÇÃO, ONISCIÊNCIA, ONIPRESENÇA, IMORTALIDADE e etc. São mais do que símbolos, ornamentos, recordações, são ídolos que representam "autoridades" espirituais no mundo espiritual. Os louvores, preces e milagres atribuídos a esse tipo de imagem ou a quem ela representa, a caracteriza distintamente das demais como IMAGEM DE ADORAÇÃO. Deus condena porque elas usurpam o lugar dele, pois essas prerrogativas divinas pertencem só a Deus. Vejamos a objeção bíblica sobre o assunto:

INTERCESSÃO – Somos acostumados a ouvir claramente, que tais pessoas que nas imagens são representadas, possuem poderes de interceder entre Deus e os homens. Porém, biblicamente falando, só temos referência de intercessão somente a Jesus (1Tm.2.5). Paulo citou isso porque só Cristo, como "mediador", é quem pode interceder entre HOMEM e DEUS, pois Cristo é VERO DEI E VERO HOMUS. Isto significa dizer que “os homens rogam a Jesus e Jesus roga ao Pai que está nos céus”. Esse ato ninguém mais pode fazer (Jo.14.6). Entre o homem e Deus a Bíblia coloca unicamente Jesus.

SALVAÇÃO – É comum a afirmação popular de que as pessoas representadas nas imagens podem salvar os pecadores. Mas, biblicamente falando só temos referência a Deus (Is.43.11).

ONISCIÊNCIA - Ora, um ser que ouve orações de várias pessoas ao mesmo tempo e que sabe de tudo o que se passa na Terra, presume-se que tal pessoa tenha esse atributo. Contudo, biblicamente falando, só temos referência a Deus (Hb.4.13).

ONIPRESENÇA - Seguindo o pensamento anterior – um ser que se afirma estar em uma cidade e noutra o povo confirma sua presença também, conclui-se que, por aclamação popular, este ser é onipresente. Contudo, biblicamente falando só temos referência a Deus (Sl.139.17-10).

IMORTALIDADE – Afirma-se que as pessoas representadas nas imagens são seres imortalizados ou que ressuscitaram e que vivem nos céus. Entretanto, biblicamente falando, de "possuir" a imortalidade, só temos referência para Deus (1Tm.6.16). Quanto a "ressurreição" a Bíblia nos informa que Cristo é o "primogênito" dos mortos (Cl.1.18). "Primogênito" - primeiro de uma série. Isso quer dizer que futuramente Ele dará ressurreição aos mortos que morreram nele quando Ele voltar (1Ts.4.16). É o que a Bíblia relata de "ressurreição para imortalidade". Tudo aponta para vinda de Cristo (1Co.15.51-54). Fato que ainda não ocorreu para que se diga que alguém vive no céu ressuscitado ou que tenha já recebido a imortalidade. Os mortos estão no “seio de Abraão” (Lc.16.22) aguardando a ressurreição, porém Cristo está vivo e no mais alto dos céus junto ao Pai rogando por nós (Hb.1.3; Jo.3.13; Ef.4.10).

CONCLUSÃO

A "imagem de adoração" é condenada por Deus! E quem confecciona, possui, faz apologia a ela e presta culto com uso dela está cometendo pecado de idolatria (Mt.4.10; Is.42.8; 45.20; Sl.115.4-9). Se tais pessoas, que são representadas nas imagens, são aclamadas pelo povo que possuem essas prerrogativas divinas mesmo a Bíblia Sagrada não fazendo referência que tenham. Então o pecado é ainda maior, pois o primeiro mandamento do decálogo é bem claro: “Não terás outros deuses diante de mim”. (Ex.20.3).

Sola Sciptura
Daniel de A Durand

EXAMINAR TUDO É “TUDO” MESMO?














Texto em prova: “Examinai tudo. Retende o bem". (1Ts.5.21).
Constantemente eu tenho visto irmãos (e até pastores) citarem 1Tessalonicenses 5.21 como uma ordem para, do ecletismo, extrairmos coisas boas. Aparentemente (é só aparente), para muitos, Paulo pede a igreja para ler, ver e ouvir, todo tipo de mensagem vinda de todas as direções. Sejam oriundas de mestres das seitas, de ateus, de mundanos e de movimentos controversos como G12, M12, MDA, IURD, IMPD, Confissão Positiva, Teísmo Aberto, etc. E retirar dessas fontes aquilo que "é bom". Mas, será era isso que o autor tinha em mente?

Se há uma coisa que os “não ortodoxos” detestam na Bíblia chama-se CONTEXTO. É isso mesmo, ninguém que cita algo fora de contexto gosta de ser exortado a voltar ao verdadeiro sentido do texto. Somos considerados "desmancha prazer", “chatos”, “pentelhos”, “bibliólatras”, “irritantes”, etc. Porém, eu não estou aqui para agradar a homens. Meu compromisso é com a verdade bíblica. Assim, precisamos esclarecer o assunto. Pois, como falei acima, tem um monte de cristãos bebendo de toda fonte amarga como se pudesse extrair água doce. As pessoas estão entorpecidas pelo relativismo pós-moderno; embriagadas com a prostituição contida no cálice de ouro da grande meretriz (Ap.17.4); hipnotizados com o "canto da sereia". Espero que alguns voltem à ebriedade espiritual e despertem dessa hipnose com a leitura desse meu texto.

Afinal de contas: Examinar tudo é “tudo” mesmo?

Confesso que até eu já entendi assim um dia. Mas, precisamos amadurecer:
O apóstolo Paulo nunca concordou com esse pensamento, basta ver o contexto: “Não desprezeis as profecias”. (1Ts.5.20). Ele estava falando das "profecias". Ele fez a mesma recomendação aos Coríntios (ver 1Co.14.29). O "exame" que ele estava solicitando é das profecias ditas na igreja. Esse "tudo" que Paulo se refere é a "tudo" o que foi dito nas profecias. Não tem nada haver com as heresias pregadas na mídia, os ensinos controversos dos neo-evangélicos ou a tudo o que se ouse e ler. E diga de passagem que as tais “profecias”, diferente do que dizem nos jardins de oração pentecostais e dos supostos “rhemas” de líderes neopentecostais que recebem e declaram, no contexto paulino aqui apreciado, devem sim ser julgadas e examinadas. E não tratadas literalmente como “palavras de Deus”. Respeitando o encerramento de toda revelação divina doutrinária e profética nas Escrituras (Sola Scriptura: Mt.11.13; Lc.16.16; 1Co.4.6; Pv.30.6; Ap.22.18). Pois, se Deus não encerrou a sua revelação, então, todo “guru” que afirmar ter visto Deus, conversado com ele, e recebido uma nova mensagem para o mundo, deveria ser recebido pela igreja e seus escritos adicionados às Escrituras. É como disse John Ankerberg: "Se a doutrina bíblica não é o padrão final, então onde traçar os limites do que é ou não é cristão?".

O cristão deve guardar-se do "fermento". Temos várias recomendações na Bíblia quanto a isso, inclusive do próprio apóstolo Paulo:

"E Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus". (Mt.16.6);

"Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus". (Mt.16.12);

“Preveniu-os Jesus, dizendo: Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes”. (Mc.8.15);

Comentário bíblico: Pelo visto, Jesus não mandou seus discípulos examinarem a doutrina dos fariseus e dos saduceus e reter o que é bom. Ele mandou tomar cuidado e guardar-se.

"Um pouco de fermento leveda toda a massa". (Gl.5.9);

Comentário bíblico: Diferente do que muitos dizem. Só um pouco faz mal sim.

"Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais". (1Co.5.7).

Comentário bíblico: Pelo visto, o apóstolo Paulo não mandou aqui que os crentes examinassem tudo e ficassem com o que é bom. Pelo contrário, ele mandou não vos associar com “irmãos” que vivem pregando heresias ou ensinos controversos e muito menos misturarmos com suas práticas. Pelo contexto, Paulo trata dos que estão entre nós. Ele usa a palavra grega "sunanamignumi" (traduz no texto ARA: associásseis) que significa "misturar-se com" ou "relacionar-se com". Ou seja, Paulo manda aos crentes não se misturarem ou relacionarem com qualquer "irmão" que se envolve com pecados morais e doutrinários. Mas, infelizmente, a igreja evangélica, influenciada pelo relativismo, não considera mais pecados doutrinários. "Cada um tem a sua doutrina". Não é isso que dizem agora? Contudo, Paulo cita o "idólatra" no referido texto. Referindo-se a um pecado doutrinário e não meramente moral. Uma vez que o idólatra no mínimo é: politeísta. (doutrina que existem vários deuses). Paulo cita o pão asmo, pão sem fermento. Hoje, não se fala mais de pecados doutrinários. E pouco se fala de pecados morais. É triste a situação. O pão já não é mais asmo. Maranata! Vem Senhor Jesus!

“Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más”. (2Jo.1.8-11).

Comentário bíblico: João não mandou os irmãos receberem, examinarem tudo e reterem o que é bom daqueles que fossem em suas casas. Uma das doutrinas mais atacadas pelos falsos mestres é a cristologia. Contudo, na interpretação equivocada de 1Ts.5.21 tem um monte de crentes recebendo em suas casas canções de grupos que subtraem, adicionam ou distorcem os ensinos sobre Cristo. Ouvem e assistem mensagens de todo e qualquer que fala de Jesus na TV, no DVD ou na internet. Mas, que Jesus? O Jesus bíblico? Histórico? Definido pela ortodoxia?

Conclusão

Meu querido irmão ou pastor, não leia, assista ou ouça mensagens fora da ortodoxia bíblica. Acautelai-vos e guardai-vos. Não seja reflexivo, seja bíblico! Reflita, medite, mas, na Palavra de Deus (Sl.1.2). Guarde o seu coração dessas coisas. Basta um pouco para causar divisão e destruição no meio da igreja de Cristo.

Lembre-se que não é só no amor que devemos nos unir, mas também na verdade. Se esta não acompanha (Ef.4.15), estamos promovendo divisão e não a unidade do corpo de Cristo. Pense nisso.

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. (1Co.1.10).

“Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estará convosco”. (2Co.13.11).

A Teologia Relacional e sua semelhança com o Kenoticismo

A doutrina kenótica diz que Jesus não era Deus quando esteve aqui na Terra. Afirmam isso, por interpretarem erroneamente, em Filipenses 2.7, o termo “aniquilou-se”, ou “esvaziou-se”, concernente a Cristo. O termo “kenoticismo” deriva-se da palavra grega “kneoo”, que traduzimos no texto supracitado para “aniquilou-se” ou “esvaziou-se”. Porém nenhum mestre do grego, em sã consciência, afirmaria que esse verbo grego significaria deixar de ser Deus ou deixar aquilo que faz parte da sua natureza ou prerrogativa divina, que são os seus atributos. Cristo não poderia abrir mão de algo que lhe é inerente! A Bíblia nos diz: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2Timóteo 2.13).
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Por outro lado, os teólogos relacionais nas várias apologias a essa teologia acabam se assemelhando ao Kenoticismo. Principalmente se perguntarmos para eles: “Há onde está escrito na Bíblia que Deus abriu mão de suas prerrogativas para se relacionar com o homem?”. Em resposta prontamente apelam para a encarnação de Cristo. Utilizando-se do mesmo texto de Filipenses 2.7. Contudo, a interpretação dessa passagem não pode significar que Cristo se esvaziou de suas prerrogativas divinas, pois não há uma concordância bíblica. Além do texto de 2Timóteo 2.13 em discordância, temos Hebreus 1.3: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. Esse texto mostra claramente que Cristo tinha poderes divinos em sua humanidade. O próprio texto que fala da sua encarnação relata da sua glória: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. (João 1.14). Outro texto que entra em discordância com a interpretação dos teólogos relacionais é a da transfiguração de Cristo: “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. (Mateus 17.1). A palavra grega usada no texto para “transfigurado” é “metamorphoo” que significa: “mudar de forma, transformar, transfigurar”. Isto é, o Cristo homem possuía prerrogativas divinas. Ora, os atributos divinos não são "acessórios" que podem ser abandonados. Eles são "inerentes", ou seja, que está por natureza inseparavelmente ligado a pessoa.
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A Teologia Relacional bem como o Kenoticismo são semelhantes em negar que Cristo tinha uma natureza ou prerrogativa divina quando ele esteve na Terra em forma humana. O que é uma heresia. Pelo fato das Escrituras revelarem que ele possuía as duas naturezas. Foi por isso que no Credo Atanasiano (século IV d.C.) se fez o seguinte consenso:
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“... A fé verdadeira, por conseguinte, é crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado da substância do Pai antes dos séculos, e é homem, nascido, no mundo, da substância da mãe. Deus perfeito, homem perfeito, subsistindo de alma racional e carne humana. Igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade. Ainda que é Deus e homem, todavia não há dois, porém um só Cristo. Um só, entretanto, não por conversão da divindade em carne, mas pela assunção da humanidade em Deus. De todo um só, não por confusão de substância, mas por unidade de pessoa. Pois, assim como a alma racional e a carne é um só homem, assim Deus e homem é um só Cristo; O qual padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está sentado à destra do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos...”.
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Temos também a Confissão Calcedoniana que diz: "... um e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação; a distinção das naturezas de maneira alguma anula-se pela união; mas, pelo contrário, as característica de cada natureza são preservadas e reunidas, para formar uma pessoa e substância [hypostasis], não partidas ou separadas em duas pessoas, mas um e o mesmo Filho e Deus Unigênito, o Verbo, Senhor Jesus Cristo...".
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O problema é que os teólogos relacionais não possuem resposta para pergunta: “Há onde está escrito na Bíblia que Deus abriu mão de suas prerrogativas para se relacionar com o homem?”. Então, para encontrarem um “respaldo bíblico” para suas argumentações acabam apelando para o Kenoticismo. E, diga-se de passagem, que eles só fazem menção a Cristo. E quanto ao Pai e ao Espírito Santo? Quando pergunto refiro-me ao Deus trino.
Como podemos observar, os teólogos relacionais procuram a qualquer custo provarem que são bíblicos, tentando convencer a si próprios de que não estão fora da Bíblia. Que Deus tenha misericórdia de suas vidas.
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Sola Scriptura
Daniel de A. Durand

LINHAS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

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Quando nos deparamos com o texto bíblico, surgem várias interpretações. E é deste momento que nascem as correntes de pensamentos. Que podem ser prejudicial para a frágil unidade da Igreja Cristã ou podem ser edificante. Digo “frágil unidade” porque nosso conceito de “verdade” também é frágil. Apesar do grande número de livros evangélicos, igrejas, músicos, cantores, pastores, teólogos e apologistas, nossa credibilidade a respeito da Bíblia, da mensagem do evangelho e das doutrinas bíblicas deixa muito a desejar. Assim, a nossa unidade fica comprometida, porque biblicamente o que une a Igreja de Cristo é a verdade. Cristo orou por nossa união em João 17. E note que no verso 17 ele pede ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Ora se nos dedicarmos ao conhecimento da verdade iremos cada vez mais nos unir. Porque Jesus nos mostrou claramente na narrativa dos evangelhos que a verdade é uma só e que pode ser conhecida. Para não ser tão exaustivo em minha introdução, tomemos como exemplo as passagens de Jo.14.6: “...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Observe que o artigo é DEFINIDO! Jesus não disse que era “um” caminho, ou “uma” verdade ou “uma” vida. Veja também Jo.8.32: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Note que Jesus apresenta a verdade “cognoscível”, ou seja, que poder ser conhecida.

Existem atualmente pelo menos quatro linhas de interpretação do texto bíblico: Ortodoxia, heterodoxia, ortodoxia generosa e a ultra-ortodoxia.

ORTODOXIA

A ortodoxia bíblica tem seu nascedouro na palavra empregada pelo Apóstolo Paulo como “Sã doutrina” em Tt.2.1; 1Tm.1.10 e 2Tm.4.3. Em Ef.2.20 ele chama de “fundamentos dos apóstolos e profetas”. Bem como Lucas ao escrever o livro de Atos dos Apóstolos usa a expressão “doutrina dos apóstolos” (At.2.42). Judas chama a ortodoxia da “fé que foi entregue aos santos” (Jd.3).

O cristão ortodoxo acredita que das várias interpretações que surgem do texto bíblico existe uma que será a “sã doutrina”. E isso ele faz com base nos padrões apostólicos e primitivos deixados pela Igreja no início da era cristã. E que foram definidos e formulados nos credos: Apostólico, Niceno, Atanasiano e Calcedoniano. E também com base nos princípios universalmente aceitos pela hermenêutica bíblica em suas classificações: gramaticais, históricos e teológicos. De onde nasce a teologia sistemática. As doutrinas essenciais ou fundamentais da fé Cristã.

Podemos dizer que a ortodoxia é o oposto da “heresia”. É a “sã interpretação” ou o “ensino correto” da Bíblia, que é favorável, respaldado e limitado na Palavra de Deus – a Bíblia.

Na ortodoxia a “verdade” anda em igualdade com o “amor”. O amor sem a “verdade” vira hipocrisia. E a verdade sem o amor não conseguirá distinguir o pecado do pecador.

O Apóstolo Paulo nos orienta a seguirmos a verdade em amor (Ef.4.15). E ele afirma que o amor não se alegra quando alguém faz o que é errado (1Co.13.6). Assim, na ortodoxia, o amor é verdadeiro e não hesita em dizer a verdade. Pois segundo a Bíblia: “...nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”. (2Co.13.8). Pensamento bem diferente da civilização romana da época de Cristo, que desconhecia, bem como hoje, a existência de verdades absolutas. Percebemos isso nas palavras do governador romano entre 26 a 36 d.C., que condenou Jesus Cristo: “Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus...” (Jo.18.38). Note que ele não fez uma pergunta a Cristo, mas um sarcasmo da declaração de Cristo: “... Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. Pois ele respondia a pergunta de Pilatos se ele era o rei dos judeus. E Jesus lhe respondeu que seu reino não era deste mundo, mas que veio para esse mundo dar testemunho da “verdade”. (idem v.36,37). Observe a narrativa de João sobre a atitude de Pilatos: “...Tendo dito isto, voltou aos judeus...”. Ou seja, ele não fez uma pergunta. Ele tinha um conceito relativista de “verdade” ou pensava que a verdade fosse incognoscível.

HETERODOXIA

A heterodoxia tem sua definição bíblica de “heresia”. Palavra empregada pelo Apóstolo Pedro em 2Pe.2.1 para designar uma interpretação ou ensino errado e destruidor da fé cristã. O Apóstolo Paulo também faz uso da palavra em Gl.5.20 considerando uma obra da carne. Onde nas versões em português atuais usa-se a palavra “facções”, porém nas mais próximas ao texto original usa-se a palavra “heresia”, a mesma citada por Pedro. Isso ocorre por causa da palavra grega “hairesis” que tem o significado de “seita” ou “partido” que escolhe seus próprios princípios, “dissenções de opinião”, “capturar”, “pegar”.

A heterodoxia difere do ensino ortodoxo de uma maneira significante. Ela não se submete a nenhum padrão e ainda questiona a autoridade dos padrões colocados pela Igreja Cristã. Os princípios colocados pela ortodoxia não são respeitados, ou seja, a heterotodoxia atropela os princípios da hermenêutica bíblica, não reconhece as doutrinas essenciais da fé cristã (a teologia sistemática) e nem os credos primitivos.

Tratando-a na sua raiz, a heterodoxia é a “heresia” propriamente dita. É a interpretação equivocada do texto bíblico. A heresia levanta opiniões contrárias, excedentes e deturpadas da Bíblia Sagrada. São opiniões “contrárias” porque não passa de um sofisma ou pretexto fora de contexto; são “excedentes” porque suas conclusões ultrapassam aquilo que a Bíblia está dizendo e são “deturpadas” porque , apesar de um aparente “respaldo bíblico”, distorce o verdadeiro sentido do texto.

ORTODOXIA GENEROSA

Como o adjetivo que a acompanha já denuncia, é uma ortodoxia que procura abrir diálogo com outras religiões que tem, e até as que não tem, ligação com a Bíblia Sagrada.

A ortodoxia generosa ou neo-ortodoxia, busca colocar o amor acima da verdade. Assim, em nome do “amor”, se sacrifica conceitos, princípios, padrões e marcos que foram estabelecidos pela Igreja de Cristo. Por isso, toma a mesma atitude da heterodoxia, rejeitando ou desconstruindo os princípios da hermenêutica bíblica, as doutrinas essenciais da fé cristã (a teologia sistemática) e os credos primitivos. E tem por vertente: a filosofia, o relativismo e o racionalismo. Segundo a neo-ortodoxia, não há uma verdade absoluta, e numa linguagem filosófica procura encarar o texto bíblico com puro racionalismo desraigado da fé. Por isso é flexível e submissa a constantes ré-exames e reflexões, a infinita reformulação, adaptando-se a realidade da pós-modernidade.

Notem que se Cristo fosse fazer uso da ortodoxia generosa, ele deveria ter tradado com menos aversão a seita dos fariseus, saduceus e herodianos. Facções judaicas que Cristo mais reprovou pelo fato deles estarem fazendo coisas erradas (Mt.23.13-36). Essa gente não era de linha ortodoxa, talvez se achavam que fossem, mas quando vemos a declaração de Jesus: “... Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. (Mt.22.29). Percebemos que eles eram ignorantes ao que estava escrito bem como ao que estava se cumprindo na Escritura sobre Jesus. Na verdade, eles eram “legalistas”. Termo que a ortodoxia generosa usa de maneira imprópria para criticar a ortodoxia sem a sua “generosidade”. Pois, à luz da Bíblia, “legalismo” é a idéia de justificação pelas obras, a fixação imprópria de regras de conduta que são colocadas como necessidade para a salvação e a negligência ou a ignorância em relação à graça de Deus. Enquanto que a ortodoxia é a reunião de doutrinas cristãs essenciais. Inclusive a doutrina da salvação pela graça e não por obras (Ef.2.8,9).

Ainda dentro da ortodoxia generosa propriamente dita encontramos dois segmentos, creio eu, foram estes que deram motivos para o surgimento dessa neo-ortodoxia:

l) Não-ortodoxos
São aqueles que se desviam da ortodoxia até certo ponto, embora não abrace necessariamente a heresia explícita.

2) Sub-ortodoxos
São aqueles menos ortodoxos. Não são o tanto quanto deveriam ser. Mas não são explicitamente contrários a ortodoxia. Se detêm mais com a prática (ortopraxis).

ULTRA-ORTODOXIA

Para finalizar, vamos falar de uma corrente que podemos, por assim dizer, radical e extrema que colocam a verdade acima do amor. Onde vidas não são poupadas e se apresenta como “dona da verdade”.

A ultra-ortodoxia é um zelo extremo e tão excessivo, que o lugar de Deus como “juiz” e “investigador” das nossas almas é usurpado. Tornando-se aquilo que deveria ser a “sã doutrina” em “santa inquisição”. Nessa abundância descontrolada de zelo não há na verdade uma preocupação ou cuidado com as vidas que se desviam da ortodoxia. A preocupação é “condenar” e não “compadecer” ou “esclarecer”. A Palavra de Deus nos admoesta sobre isso:

“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”. (1Pe.3.15).
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“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”. (Cl.4.6).
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“E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida”. (Jd.1.22).
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“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”. (2Tm.4.2).
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Daniel de A Durand
Sola Scriptura

IGREJAS EMERGENTES

Esse mais novo modismo, que se espalha no meio cristão mundial, chega ao Brasil e vem com um pacote cheio de novas doutrinas, são elas: teologia narrativa, teologia quântica, ortodoxia generosa, universalismo e teísmo aberto.

Talvez você não ouse falar de nenhuma delas ou se ouviu, não tem opinião formada sobre o assunto ou não sabe bem o que é ou não é assunto do seu interesse. O fato é que elas estão se tornando populares em nosso país e vem se alastrando sutilmente pelas Igrejas cristãs.

O QUE É IGREJA EMERGENTE?

A igreja emergente é um movimento da Igreja Protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a finalidade de alcançar a Geração Pós-moderna. Refletindo as necessidades e os valores percebidos desta geração, as igrejas emergentes enfatizam o autêntico, a expressão criativa e uma perspectiva sem julgamentos, procurando reavaliar as doutrinas. Igreja emergente é simplesmente um termo usado para denominar as igrejas que nasceram ou que foram [ré] estruturadas para um contexto pós-moderno, pós-cristão de ser Igreja no Mundo de hoje. As igrejas emergentes não possuem sistemas ou fórmulas, não possuem uma doutrina definida e tentam desconstruir as barreiras que as denominações impuseram.

As Igrejas que se tornaram e já nasceram “Emergentes” não se definem doutrinariamente, mesmo em pontos considerados biblicamente não secundários, é comum o ecumenismo teológico entre os seguidores desse novo movimento. Geralmente, eles são abertos a conceitos teológicos de outros seguimentos religiosos e aceitam alguns conceitos da teologia liberal sem problemas. Por isso, abraçam opiniões outrora rejeitadas pelo cristianismo conservador, e simpatizam do teísmo aberto ou teologia relacional.

Um artigo publicado na revista Christianity Today, Scot McKnight ressalta que a confissão de fé dos emergentes sempre é aparentemente comum em linhas gerais. Isso significa que eles dizem coisas publicamente que não acreditam realmente. O que isso quer dizer é que é possível um cristão emergente dizer que crê na onisciência de Deus e, na verdade, não acreditar nisso. Por exemplo, se um emergente defende os pressupostos do teísmo aberto, ele afirma que não crê em uma “onisciência exaustiva ou estática”, mas em uma “onisciência em movimento”, terminologia usada para camuflar o fato de que, na verdade, ele não acredita que Deus realmente sabe tudo. Cristãos mais desatentos, porém, acabam caindo nessa falácia. É a história do “eu acredito nisso, mas não como vocês”, e quando a pessoa começa a tentar descrever a sua posição, descobrimos que na verdade, ela não crê nem parcialmente no que cremos. Essa pessoa não crer nada do que cremos em relação àquele ponto defendido. Só usa de eufemismo para ocultar ou suavizar a verdade sobre seu pensamento.

SUAS HERESIAS

· A Teologia Narrativa

Os adeptos da Igreja Emergente são apaixonados pelo que chamam de Teologia Narrativa. De acordo com eles essa nova forma de ver a Bíblia está focada numa construção teológica diferente da teologia clássica, que é mais voltada para repetição dogmática ou rigidez científica, segundo eles. Ou seja, A Bíblia Sagrada não deve ser entendida como uma fonte doutrinária de único sentido, mas como uma narrativa devocional.

O objetivo dessa teologia é abolir quaisquer princípios de hermenêutica ou ortodoxia, classificando-os como “invenção” dos pais das teologias sistemáticas e de todos aqueles que sistematizaram as doutrinas bíblicas. Contudo, se esquecem de que a Bíblia primeiramente era chamada por LEI (Sl.1.2; Lc.24.44), ditada em linguagem humana. Contendo também história, profecia, parábola e poesia. Daí a necessidade de princípios de interpretação. Bem como da normatização e preservação das conclusões destes princípios que foram levantados pelos líderes da Igreja dos primeiros séculos e que foram confirmados e aperfeiçoados pelos reformadores no século XVI. Desprezar tudo isso é mergulhar numa leitura espúria, desregrada e descompromissada do texto sagrado. O erro dessa teologia não está em fazer leituras devocionais e aplicativas da Bíblia, mas em desprezar a questão normativa e doutrinária da mesma.

· A Teologia Quântica

Essa teologia está ligada com a Física Quântica. O problema é que, fascinados com as afirmações da Física Quântica, os emergentes introduziram-nas em sua teologia, criando um verdadeiro caos teológico, onde a onisciência e a onipotência de Deus ficam limitadas em nome da imprevisibilidade. Contrariando a Palavra que diz: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt.10.29,30).

· Ortodoxia Generosa

É uma terminologia usada para camuflar o fato de que não aceitam ortodoxias bíblicas, que normalmente confundem com uma estrutura filosófica construída em torno da Bíblia, só para justificar e manter vivo o sistema eclesiástico. Eles dizem que a teologia cristã precisa ser flexível e submetida a constantes re-exames, a reformulação eterna sendo sempre adaptada à realidade da pós-modernidade.

Passagens bíblicas em discordância: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.”. (Pv.30.5,6). “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando”. (Dt.4.2). “... não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus...”. (2Co.4.2). “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei”. E etc.

· Universalismo

Também chamado de apokatastasis, termo grego que significa “salvação completa” para todos. O universalismo sustenta que todos os seres vivos alcançarão completa salvação e esta posição é adotada por muitos grupos religiosos fora do limite do Cristianismo tradicional. Enquanto que a Palavra de Deus diz o contrário: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo.3.36). “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc.16.16). E etc.

· Teísmo Aberto

Essa teologia também é chamada de Teologia Relacional, Novo Teísmo (neoteísmo) ou Novo Arminanismo (neo-arminianismo ou arminianismo moderno). Suas doutrinas se resumem assim: o atributo de Deus mais importante é o amor, descartando ou diminuindo os demais como a presciência, onisciência, soberania e eternidade, o futuro está em aberto, Deus constrói com o homem, se arrisca, se torna vulnerável e mutável, o livre arbítrio é visto sob a perspectiva libertária e etc.

Contestação:

A graça ou o amor ou a misericórdia de Deus são atributos superiores aos demais? E a justiça, santidade e retidão? São menores?

Um dos vários problemas da Teologia Relacional é colocar os atributos de Deus em desigualdade, como se Deus fosse homem. Pois os seres humanos é que possuem qualidades maiores e menores. Mas, Deus é Deus. Perfeito em sua natureza (Tg.1.17).

Deus é amor, mas também é justiça (Sl.7.11). Deus é misericordioso, mas não terá o culpado por inocente (Naum 1.3). Deus é gracioso, mas não anula as nossas responsabilidades e compromissos (Mt.5.16; 1Pe.1.15-17; Ef.4.1; 1Ts.5.22; 2Tm.2.15; 1Tm.3.7; 4.16; 1Co.8.9; At.20.28).

Passagens bíblicas em discordância:

“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. (Ml.3.6).

“E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. (Hb.4.13).

“... ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo". (2Timóteo 2.13).

“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”. (Hb.13.8).

“Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”. (Sl.103.19).

“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos”. (Pv.16.9).

“Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”. (2Co.13.8).

“O Amor... não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”. (1Co.13.4,6).

“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”. (Nm.23.19).

“SENHOR, tu me sondas e me conheces... Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda”. (Sl.139.1,3,4).

“Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir!”. (Is.44.6,7).

“Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo...”. (Jo.21.17).

“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”. (Jd.v.4).

PONDERAÇÕES FINAIS

Para concluir é importante dizer que os emergentes possuem uma idéia diferente de legalismo. Para nós o legalismo é, de forma geral e à luz da Bíblia, a idéia de justificação pelas obras, a fixação imprópria de regras de conduta que são colocadas como necessidade para a salvação e a negligência ou a ignorância em relação à graça de Deus. Porém, para eles, legalismo é qualquer tipo de exortação concernente à conduta moral. Por isso, muitos emergentes acham que não há problema praticar certos hábitos sociais que para alguns seria reprovável.
Para emergir com o pensamento cristão clássico citam os textos ou fazem uso constante das convicções de teólogos controversos e liberais (atuais e antigos), ou até mesmo de ateus com objetivo de abalar o que eles chamam de “sistema falido”.

Idolatria sem limites: Fiéis disputam em leilão as roupas usadas do patriarca Terra Nova e anseiam por unções especiais



O MIR 12 está organizando evento internacional e o ponto alto do espetáculo, como de hábito, envolverá a prestação de algum tipo de honra e culto ao "senhor e salvador" destas almas perdidas, sua santidade patriarcal: Rene Terra Nova. A seguir, duas recentes postagens  do papa gospel na rede social  Instagram:

reneterranova Olha que Maravilha: Óculos de Grife tanto de lentes e escuros. Ternos ungidíssimos, todos de Grife; Camisas Sociais e Esportes todas de Grife, Sapatos Italianos e de Grife, Gravatas com Cristais, originais! Cintos de Grife, Jóias e outros itens. Abrir com alegria o meu tesouro particular!! Se fosse fazer gosto, esses itens não saiam da minha casa, pois os discípulos já queriam pegar! Kkk, mas eu disse que precisamos dar oportunidades para nossas ovelhas e discípulos que se farão presentes no congresso. Você quer???  (Veja no Instagram)




Em uma denominação dita cristã baseada na heresia do movimento apostólico e na abominação celular e onde há muitos líderes dispostos a beijar os pés do dono da igreja (não o verdadeiro, mas o usurpador) não há mais o que comentar, tão somente afirmar: 


Estes são filhos de uma geração adultera e o Senhor irá lhes mostrar a Sua Ira! 





Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2014/03/idolatria-sem-limites-fieis-disputam-em.html#ixzz2ux6RswBp
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A farsa do dízimo

Acreditamos que todo crente é responsável pela manutenção da Obra, sustentando as congregações, os seus pastores e mestres, os missionários no campo e a promoção da justiça. 

Acreditamos que a pratica do dízimo, tal como apresentada no contexto da antiga aliança não encontra qualquer respaldo bíblico na nova aliança e a defesa desta doutrina, tanto mais baseada no medo do gafanhoto devorador, é mentirosa e vergonhosa, pois propõe  ao crente uma relação mesquinha  entre o seu  dinheiro e o compromisso com a Obra.

Na nova aliança, sob a Graça, não somos convidados a ser menos generosos do que os irmãos na antiga aliança, mas ao contrário! Nosso comprometimento é total. Consagramos tudo o que temos e somos à Glória de Deus e não estamos mais sujeitos ao peso da lei e nem ao medo. 

Rejeitem os aproveitadores explorando o evangelho. Denunciem os que se locupletam com o dinheiro dos fiéis desfrutando de mansões, carros de luxo e mordomias. Recusem as suas ameaças. Deus não precisa do seu dinheiro. Contudo, tenham em mente que a mensagem do evangelho chegou até as nossas vidas e a nossa missão, dada por Jesus, é percorrer todos os cantos da terra levando as boas-novas, guardando e defendendo a fé. Somos o luzeiro do mundo e temos a missão de sinalizar o Reino de Deus e a sua justiça aqui e agora. Isto exige recursos, mas o que orienta a nossa vida quanto a este aspecto é:

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. 2 Coríntios 9:7





O texto a seguir,  publicado no perfil do Facebook do Nilton Oliveira oferece uma refutação muito boa aos defensores da contemporaneidade do dízimo.  




Nilton A Oliveira 

Entendendo o Dízimo... 

Antes da lei - Abraão

Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo.... E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. Gênesis 14:18-20

Abraão deu o dízimo a Melquisedeque que era sacerdote de Deus em Jerusalém.

Na Bíblia, dízimo sempre deve ser entregue ao sacerdote e em Jerusalém (desde Abrão) ....

Se Abraão serve de exemplo para o cristão dar 10% a Deus, que exemplo estaria dando entregando os 90% restantes ao Rei de Sodoma, que era tão maligno que Deus destruiu a sua cidade ainda nos tempos do patriarca?

O que ocorre é que Abrão dizimou do despojo de guerra, não tendo nenhuma relação com o dízimo instituído por Moisés. "Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos." (Hebreus 7.4).

Era um costume da maioria dos povos, dizimar dos despojos de guerra aos seus deuses pagãos. Heródoto 1.89 - "...exijam de tuas tropas os despojos, sob o pretexto de que é preciso consagrar a décima parte a Júpiter."

Abraão tomou esse costume pagão para honrar o Deus verdadeiro e para que os futuros levitas que não poderiam dizimar, mas o fizessem através de Abrão, conforme Hebreus 7:9-10.

A bíblia nos mostra que Abraão deu o dízimo dos despojos de guerra e não ficou com nada para si, ou seja, dizimou daquilo que não era dele (era do rei de Sodoma). Não existe qualquer outro relato de Abraão dizimando.

Interessante é que o dízimo foi introduzido na bíblia por Abrão antes da Lei, e para alguns, isso dá respaldo à cobrança dos dízimos hoje. Mas, ignoram que, também por ele (Abraão), e antes da Lei, foi introduzida a CIRCUNCISÃO. Por que não vemos ninguém ensinado a circuncisão na igreja. A lógica é a mesma (mas o retorno não).


Antes da lei - Isaque e Jacó


A Bíblia nos mostra que Abraão deu o dízimo apenas uma vez ao sacerdote Melquisedeque.

Sobre o próximo patriarca Isaque, não existe qualquer relato sobre dízimo.

Com relação a Jacó existe apenas uma promessa, um voto, mas não há nenhum relato dele dizimando, bem porque não havia a quem entregar o dízimo, Não se tem mais notícias de Melquisedeque ou de qualquer outro sacerdote para receber seu dízimo. Apenas com a lei de Moisés, séculos depois, é estabelecido o sacerdócio de Arão e seus filhos.

Então Jacó fez um voto, dizendo: "Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo". Gênesis 28:20-22.

A lição de Jacó é que os dízimos devem ser entregues como gratidão pelas bênçãos recebidas e não como condição para se receber bênçãos...

Entendendo o Dízimo... 

Na Lei

“Trazei todos os DÍZIMOS à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” Malaquias 3:10a.

Creio que esse é o texto mais conhecido como ordenança, como mandamento à prática do dízimo. Quando lemos esse texto já nos vem à mente a obrigação de dar 10% do nosso salário, ganho, lucro ou rendimento ao pastor. Mas será que era isso que Malaquias estava dizendo ou, era isso que o profeta chamava de dízimo?

A regulamentação do dízimo começa com Moisés, no Pentateuco, vejamos:

"Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor.... O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor. Levítico 27:30-32. (NVI)

Nesse texto, entre outros, fica claro do que se daria o dízimo: Da produção da terra e da criação de animais, ou seja: alimento.

Não existe qualquer texto que mencione o dízimo de dinheiro, isso não existe. Quem pede dízimo de dinheiro, está se referindo a um mandamento próprio, não de Deus.

O dízimo na Lei era limitado aos alimentos produzidos pelos agricultores e pecuaristas. É simples assim.

Os demais trabalhadores, como artesãos, ourives, músicos, padeiros, copeiros, comerciantes, etc.., não dizimavam, posto que não existe dízimo de dinheiro e mesmo que recebessem seu salário em produtos da terra esses já haviam sido dizimados pelos produtores e a bíblia nada fala sobre dizimar de algo já dizimado. Deus repudia a usura. É a décima parte da produção de alimento e ponto.

Nesse texto ainda se desmistifica outra falácia, a que dízimo tem que ser o primeiro, a primícia. Veja que o dízimo é de um animal em cada dez que passar debaixo da vara. Assim se o pecuarista produzir 30 animais, supondo que o primeiro seja consagrado como dízimo será o 1º, o 11º e o 21º animal que serão dizimados e não o 1º, o 2º e o 3º. Interessante que se produzir apenas 9, nem dízimo tem...

“Trazei todos os dízimos à CASA DO TESOURO, para que haja mantimento na minha casa...” Malaquias 3:10a.

O que é  “CASA DO TESOURO” que muitos ensinam que é a igreja onde se congrega?

Então ordenou Ezequias que se preparassem câmaras na casa do SENHOR, e as prepararam. Ali recolheram fielmente as ofertas, e os dízimos, e as coisas consagradas. 2 Crônicas 31:11-12.

Ainda no mesmo dia, se nomearam homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos dízimos, para ajuntarem nelas, das cidades, as porções designadas pela Lei... Neemias 12:44.

Como se verifica, Casa do Tesouro, eram câmaras, depósitos, onde eram armazenados os dízimos e ofertas trazidos pelo povo.

Essas câmaras eram vigiadas pelo levitas e administradas pelos sacerdotes, o povo não tinha acesso a elas. (Leia todo capítulo 12 de Neemias)

Onde na bíblia se diz que a Igreja é a Casa do Tesouro?

Onde na bíblia se diz que os pastores são os sacerdotes levitas?

Onde na bíblia se diz que o dízimo de alimentos virou de dinheiro?

Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. Hebreus 7:12

Mudamos do sacerdócio levítico para o de Jesus, necessariamente mudamos da lei de Moisés para o Evangelho.

No evangelho não há distinção entre judeu e gentio...

No evangelho, cada cristão verdadeiro é sacerdote real (não apenas o pastor).

No evangelho, cada cristão verdadeiro é a casa de Deus (não o prédio da igreja). Guardem bem isso...

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja MANTIMENTO na minha casa...” Malaquias 3:10a.

Alguns dizem que mantimento, aqui, tem o sentido de manter, de manutenção, mas isso só tem sentido se dízimo for de dinheiro e casa do tesouro for um prédio a ser mantido, como já vimos, não é o caso.

O que o profeta chama de mantimento é mantimento mesmo, ou seja, alimento, comida...

Qual a finalidade de se ter comida, alimento estocado na Casa do Senhor?

“Para que os levitas, ... e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas (pobres) ... venham comer e saciar-se... Dt. 14:29.

É simples assim....

Na Lei - Regulamentação

O texto de regulamentação do dízimo mais abrangente é o de Deuteronômio, visto que é uma repetição sistematizada da Lei, vamos ver alguns versos do capítulo 14.

22 Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente.
- Quem disse que dízimo tem que ser mensal, quinzenal, semanal?

23 COMAM o DÍZIMO... na presença do Senhor... para que aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus.
- Isso mesmo, o dízimo não era simplesmente entregue, quem dizimava também participava dele...

24 Mas, se o local (templo/tabernáculo) for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, o seu Deus, e não puderem carregar o dízimo... 25 troquem o dízimo por DINHEIRO...
- Quem diz que o dízimo era dos produtos da terra por ainda não existir o dinheiro está equivocado...

26 Com o dinheiro comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, o seu Deus.
- O momento da entrega do dízimo era de muita festa, custeada pelo próprio dízimo...

27 E nunca se esqueçam dos levitas que vivem em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias. 28 Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano, armazenando-os em sua própria cidade, 29 para que os levitas,... os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Deus, os abençoe em todo o trabalho das suas mãos.

- A cada três anos o dízimo ficava com o próprio dizimista para ele atender às necessidades dos levitas e necessitados mais próximos.

Todos já vimos pastores usando a lei para “pedirem” dízimos, mas alguém já viu algum deles dando o destino que a lei manda dar aos dízimos?

Que igreja faz festas para seus membros com o dinheiro dos dízimos?

Que igreja ensina seus membros a reterem seu dízimo para atender ao necessitado mais próximo deles?

Que igreja ajuda ao podre, necessitado da igreja com o dinheiro dos dízimos?

Quando existe alguma ajuda é praticada por alguns voluntários. A resposta da igreja para o necessitado que a procura, normalmente é: porque ele não é dizimista, se é dizimista é porque não tem fé, se tem fé é porque tem que dar um passo que demonstre sua fé, pondo mais dinheiro no gazofilácio, ou ainda pior, o necessitado está em pecado. Mas eles o ajudam em oração... recomendam jejuns... votos... correntes... tudo subjetivo, de prático nada.

São dois pesos e duas medidas. Usam a lei para pedir, mas usam o dinheiro arrecadado como melhor lhes convém. Usam o dinheiro dos dízimos para bancar estruturas, aluguéis, coisas, os próprios salários é claro, muitas vezes bem gordos.

A Bíblia só tem utilidade para pedir, para usar o que foi arrecadado eles mesmos resolvem. Misericórdia!

Entendendo o dízimo... 
Na Lei -  Roubando a Deus

"Pode um homem ROUBAR de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8

Esse texto é muito usado para dizer que quem não dá o dízimo é ladrão... Chegam até a afirmar que se perde a salvação, pois o ladrão não entrará no reino de Deus.

Mas a quem Malaquias estava chamando de ladrão? 

Leia Malaquias inteiro e você verá claramente que o profeta falava diretamente aos Sacerdotes, e indiretamente ao povo e mesmo assim quando falava do pecado do povo, referia-se à displicência dos sacerdotes em ensinar o povo e na complacência em aceitar o pecado do povo, sempre em benefício próprio.

"E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. Malaquias 2:1

- Para quem era a advertência? Aos Sacerdotes...

Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente... Malaquias 2:8

 - Quem se desviou e ensinou o erro e causou a queda de muita gente? 

Os Sacerdotes...

Ele (Deus) se sentará como... purificador ...e purificará os levitas.... Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça. Então as ofertas de Judá e de Jerusalém serão agradáveis ao Senhor... Malaquias 3:3-4

- Quem tem que estar puro para que as ofertas do povo sejam aceitas por Deus?

Os Levitas que incluem os sacerdotes.

Tragam o dízimo todo ao depósito do templo (casa do tesouro), para que haja alimento em minha casa. Malaquias 3:10

 - Quem tinha acesso à casa do tesouro e o dever de levar até lá todo o dízimo? 

Os sacerdotes...

Assim vemos que quem estava roubando a Deus não era o povo, mas os Sacerdotes que aceitavam qualquer coisa do povo como dízimo e ofertas, pois era para eles mesmos. Eles desviavam o que era arrecadado, em vez de levarem à casa do tesouro, e assim não havia alimento na casa de Deus, etc... 

Dízimo é obrigatório, oferta é voluntário, como roubar a Deus naquilo que dou se quiser?

Agora o sacerdote que recebia as ofertas era obrigado a dar o destino correto, não fazer isso é roubo.

Se pudéssemos trazer para os dias atuais, quem estaria roubando a Deus não seria o povo, mas sim os pastores que aceitam qualquer coisa como dízimo e oferta. Que dão a tudo que é arrecadado o destino que bem entendem e não o que a Palavra determina.

Ladrão, são os pastores que ensinam para proveito próprio e levam muitos à queda.

Ladrão, são os líderes que estão em pecado e por isso a oferta do povo não é aceita...

Ladrão são os pastores que arrecadam, mas não compartilham com o pobre e necessitado da igreja. 

Entendendo o dízimo...
No novo testamento -  Mas ainda na Lei


Disse Jesus:

"Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo.
E os ensinava, dizendo: "Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? Mas vocês fizeram dela um covil de ladrões".
Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei ouviram essas palavras e começaram a procurar uma forma de matá-lo..." Marcos 11:15-18.

O coração do povo é generoso e por isso mesmo vira presa fácil desse líderes religiosos que transformam o que deveria ser "casa de oração" em local de comércio. Onde toda sorte de benção é obtida simplesmente fazendo-se um sacrifício de fé, que sempre se traduz em dinheiro no gazofilácio ou no bolso do líder...

Esses mercenários da fé é que são os ladrões que a bíblia se refere... 

Não você povo de Deus que dá muito mais do que deveria, e pior, a quem não devia.


Entendendo o dízimo...
Na Lei -  Fazendo prova de Deus
Com maldição sois amaldiçoados... Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois FAZEI PROVAS DE MIM nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu... Malaquias 3:9-10

Na velha aliança, a obediência à Lei gerava a bênção e a desobediência a maldição.

"E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar TODOS os seus mandamentos que eu hoje te ordeno... todas estas BÊNÇÃOS virão sobre ti e te alcançarão..." Deuteronômio 28:1-2

"Será, porém, que, se NÃO deres ouvidos à voz do SENHOR teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas MALDIÇÕES, e te alcançarão." Deuteronômio 28:15

O dízimo é parte da Lei e não escapa a essa regra, assim quem não obedece pode esperar a maldição e quem obedece pode esperar a benção. Nesse contexto, Deus está dizendo: façam a sua parte e provem-me se não farei a minha parte.

Na Nova Aliança, não existe nada que obrigue Deus a nos abençoar materialmente, para que possamos prová-lo. Na graça isso é tentar a Deus, veja que não é um bom negócio...

Aplicar esse princípio da Lei à Graça é "barganhar".

 Veja que ninguém conseguiu cumprir a Lei para estar em condições de barganhar com Deus. O único que cumpriu toda a Lei foi Jesus e não barganhou.

Na Graça já recebemos a mais excelente de todas as bênçãos, a SALVAÇÃO, de graça. Isso é motivo para nos gastarmos no evangelho, por pura gratidão. Qualquer coisa que vá além, é pura e transbordante graça e soberania de Deus, nunca por merecimento ou por troca.

"...Tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos." 1 Timóteo 6:8.


Entendendo o dízimo...
Na Lei -  Os 3 Tipos de Dízimo

TIPO 1 

- É o dízimo de Abraão, antes da Lei, dado do despojo de guerra, para um sacerdote de Jerusalém.

Base bíblica:

"Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo.... E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." Gênesis 14:18-20
"Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos." (Hebreus 7.4)

TIPO 2

 - É o dízimo dos judeus, da Lei. Dízimo de ALIMENTOS, dados para o sustento dos levitas e sacerdotes que serviam no templo em Jerusalém, bem como dos pobres...

Base bíblica:

"Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor.... O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor. Levítico 27:30-32.

TIPO 3

 - É o dízimo de hoje, dado nas “Igrejas” aos seus líderes em qualquer lugar do planeta. É o dízimo de DINHEIRO de qualquer renda do fiel, notadamente do salário.

Base bíblica:

 SAMBARILOVE

- Entendeu?


Entendendo o dízimo...
No novo testamento

No novo testamento só encontramos três referências diretas ao dízimo, mas nenhuma delas como regra à sua observância pela igreja. Também não existe nenhuma referência que demonstre que a igreja primitiva dizimava.

Tudo que praticamos como “dízimo” está baseado na lei.

O Novo Testamento sempre nos alerta que a lei caducou e que estamos debaixo de superior aliança em Cristo.

Ainda nos mostra que a Lei se cumpre por inteiro, não se pode extrair dela apenas as práticas convenientes e desprezar as que não interessam.

“Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente”. Tiago 2:10

“Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em TODAS as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Gálatas 3:10

“De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar (dizimar, sacrificar, guardar dias, comidas...) que está obrigado a cumprir toda a lei”. Gálatas 5:3.

Muitos avocam para si as bênçãos de Deuteronômio 28, esquecendo-se que a condição para recebê-las é guardar TODA a lei e não apenas o dízimo, e quem não guarda TODA a lei é amaldiçoado. Existe alguma pessoa capaz de cumprir TODA a lei? Não. Somente Jesus o fez e nos libertou da lei para nos estabelecer numa nova e superior aliança...

“Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de superior aliança, que está firmada em melhores promessas”. Hebreus 8:6

A escolha é sua...


Entendendo o dízimo...
No novo testamento 
Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas

Como dissemos, existem apenas três referências diretas ao dízimo no Novo Testamento, mas nenhuma delas como instrução à sua prática pela igreja. Os textos são: Mateus 23:23 (repetido em Lucas 11:42), Lucas 18:12 e Hebreus 7:1-10.

Iniciamos com Mateus 23:23 (Lucas 11:42) “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, E DESPREZAIS O MAIS IMPORTANTE DA LEI, a justiça, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”.

Nesse texto Jesus não está recomendando o dízimo à igreja. Os hipócritas do texto é que o estavam supervalorizando, dando o dízimo daquilo que a Lei não pedia, de coisas insignificantes, estavam indo além, Essa “fidelidade” ao dízimo era hipocrisia, pois o mais importante da Lei, e que de fato importava era a justiça, a misericórdia e a fé, e isso eles desprezavam.

Como já vimos a Lei se cumpre por inteiro e é isso que Jesus está afirmando. Cumprir ou exigir apenas o que interessa é hipocrisia.

Cumpre ainda salientar que Jesus era judeu estava falando com os principais do judaísmo e ainda estavam sob a Lei e deviam cumprir a Lei. A Igreja não existia nessa época. A Nova Aliança se inicia com a morte de Jesus e não com o seu nascimento, Jesus veio cumprir a Lei e não revogá-la, como visto na postagem anterior.

Assim vemos que esse texto não é uma orientação para a IGREJA dizimar, antes uma declaração clara do espírito da Lei que é o que de fato importa a nós, a saber: a justiça, a misericórdia e a fé.

Se formos entender tudo o que Jesus fez, como recomendação para a igreja, a igreja teria que cumprir toda a Lei, pois Jesus cumpriu toda a Lei, por exemplo: teríamos que nos circuncidar, Jesus foi circuncidado ao 8º dia como manda a Lei.

O interessante é que Jesus foi circuncidado, está registrado (lc.2:21-22), mas nunca dizimou. Se a circuncisão, que era praticada antes da lei, na lei, e por Jesus, está revogada para a igreja, por que o dízimo que percorre o mesmo caminho, mas não foi praticado por Jesus é “validado”? Alguns o validam por ignorância e a esses eu respeito. Mas outros por má fé, com o objetivo de obter vantagens indevidas dos fiéis...

Entendendo o dízimo...
No novo testamento 
Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado


Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’"Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’.Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado". Lucas 18:10-14.

Alguém consegue ver, nesse texto, alguma recomendação para a igreja dizimar?

O fariseu era um religioso judeu vivendo sob a lei e lhe era imposto o dízimo. E ele apenas cumprindo o que era sua obrigação se orgulhava disso, julgando-se melhor do que os outros.

Hoje, isso é até pior, pois muitos ensinam que “pagar” o dízimo é a única forma de chamar a atenção de Deus para a sua vida financeira, só dizimando você poderá “cobrar” de Deus a benção pretendida.

De Deus nós nunca cobramos nada, sempre agradecemos, pois tudo que tinha que fazer já fez na cruz e já é mais que motivo para passarmos a vida agradecendo. Se Ele quiser dar algo a mais é por pura, abundante, transbordante e imerecida graça.

Ao contrário, esse texto mostra que não há nada que você possa fazer para chamar a atenção de Deus.

Você só consegue chamar a atenção de Deus quando reconhece que é pecador e, arrependido, confia na graça de Jesus, manifestada na cruz.

Os sacrifícios que agradam a Deus, não são dízimos, jejuns ou qualquer outra obra humana, mas um espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito Deus não despreza, conforme diz o Salmo 51:17.

Esse texto foi escrito na vigência da Lei. Se na lei já era assim, quanto mais agora...




Entendendo o dízimo...
No novo testamento 
A lei requer dos sacerdotes dentre os descendentes de Levi que recebam o dízimo do povo...

O último texto que fala sobre dízimo no Novo Testamento é Hebreus 7:1-10

Esse Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, encontrou-se com Abraão... e Abraão lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz".... feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre. Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Abraão lhe deu o dízimo dos despojos! A lei requer dos sacerdotes dentre os descendentes de Levi que recebam o dízimo do povo... Este homem, porém, que não pertencia à linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas. Sem dúvida alguma, o inferior é abençoado pelo superior. Pode-se até dizer que Levi, que recebe os dízimos, entregou-os por meio de Abraão, pois, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda estava no corpo do seu antepassado. Hebreus 7:1-10.

Alguém consegue ver alguma ordenança para a igreja dizimar, com base nesse texto?

A única lição que tiramos de dízimo aqui é que dízimo só é dizimo quando entregue ao sacerdote e em Jerusalém. Hoje, como não existe mais sacerdote, nem o templo, nem os judeus podem dizimar. Eles ofertam nas sinagogas para o sustento do judeus necessitados, por isso não encontramos judeus pobres. Pena que a igreja não faça o mesmo.

Aqui Paulo (entendo ser ele o autor de Hebreus) não está ensinando sobre dízimo, mas sim, sobre sacerdócio.

Hebreus é o nome antigo dos Israelitas/Judeus, Paulo aqui se dirige aos Hebreus convertidos.

Para nós, gentios, é fácil reconhecer Jesus como sumo sacerdote, mas para os judeus não era, o sacerdote tinha que ser levita e descendente de Arão e Jesus não era nem um nem outro, como poderia então ser sumo sacerdote?

Paulo, nesse capítulo de Hebreus mostra como: Voltando antes da Lei, onde já existia um sacerdote do Deus Altíssimo, Melquisedeque, que era maior que o próprio Abraão, e que o sacerdócio de Jesus é segundo a ordem desse Melquisedeque, que é livre e superior à Lei.

Na conclusão desse capítulo o autor diz:

...mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu. Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Hebreus 7:24-28
A exemplo de Melquisedeque, Jesus é sumo sacerdote e é rei, por isso, hoje, somos constituídos sacerdotes reais:

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1Pedro 2:9

Aleluia!

Entendendo o dízimo...
No novo testamento 
Deus ama quem dá com alegria

Com tudo que foi dito, não quero passar a ideia que é errado contribuir, de forma alguma, mas que a contribuição seja como deve ser e a “regra” para a contribuição na igreja é esta:

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. 2 Coríntios 9:7





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